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Petiscos vendidos em padaria ‘gourmet’. | Divulgação/Padaria Pet
Petiscos vendidos em padaria ‘gourmet’.| Foto: Divulgação/Padaria Pet

Com uma população de 132 milhões de animais de estimação e com uma projeção de faturamento de R$ 17,9 bilhões para 2015, o mercado pet brasileiro partiu para a gourmetização de produtos e serviços para atender as necessidades dos clientes cada vez mais exigentes.

Petiscos, doces, bebidas, serviços de lavanderia e atendimento veterinário especializado estão entre as novidades que surgiram para agregar valor aos pets shops e como oportunidade para quem pensa em empreender.

Segundo a consultora do Sebrae-PR Edite Viana, o próprio hábito de as pessoas buscarem um tratamento mais humanizado para seus animais de estimação está puxando a diversificação do setor. Os pet shops, por exemplo, já não oferecem somente banho e tosa e venda de ração e medicamentos. Nas lojas, é possível encontrar desde chocolates até cervejas, além do serviço de buffet para festa.

A consultora afirma que o aumento na gama de serviços e produtos é uma maneira de incrementar a receita dos pets shops e de reter o público. “As pessoas preferem estabelecimentos que mimem seus pets. É uma forma de se diferenciar da concorrência e atender a demanda do público”, diz Edite.

Essa diversificação nas prateleiras movimenta também a cadeia de fornecedores de produtos e serviços para animais. Um exemplo é a Padaria Pet, uma empresa inaugurada há um ano que vende sorvetes, cervejas, refrigerantes, sucos, cookies, tiras de carne, bolos, muffins, waffers, brigadeiros, biscoitos, bombons e outros produtos.

Prateleira de alimentos diversificada.Divulgação/Padaria Pet

A ideia veio a partir de uma viagem para os Estados Unidos dos sócios e irmãos Ricardo e Rodrigo Chen em 2010. Quando voltaram para o Brasil, começaram a desenhar o negócio em parceria com veterinários e pesquisadores. No ano passado, lançaram no mercado a primeira loja física da padaria, em São Paulo, que conta com produção e receitas próprias.

São mais de 100 produtos no catálogo da empresa que vai expandir o formato para os demais estados da região Sul e Sudeste através de franquias. A marca também está fechando parcerias com distribuidores para ampliar sua presença nos pet shops. “Os cachorrinhos e gatos estão se tornando membros da família e as pessoas estão focadas em oferecer uma alimentação mais natural e saborosa para seus pets”, diz o proprietário, Rodrigo Chen.

Já a Poppin’Corn, marca especializada em pipocas gourmet, desenvolveu uma linha pet, sem nenhum contato com óleo e temperos. A ideia surgiu quando a proprietária, Denise Piantola, percebeu que em eventos os animais de estimação queriam algumas guloseimas, mas não podiam comer por conter açúcar. A linha, desenvolvida em parceria com veterinários, começa a ser distribuída para pets shops de todo o país.

De creches a agências de viagens, serviços para pets se especializam. | Letícia Akemi/Gazeta do Povo

Animais de estimação ganham serviços especializados

Serviços que atendam a população crescente de animais de estimação também estão em alta no mercado pet. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é o quarto maior do mundo em número de animais de estimação, com uma média de 1,8 cachorro por domicílio.

A consultora do Sebrae-PR Edite Viana afirma que, entre as possibilidades para empreender, estão as lavanderias para roupas e objetos de animais, aluguel de espaço para festas de aniversário, creches, serviços em casa e agências de viagem especializadas em pacotes para animais domésticos.

A produtora audiovisual curitibana Deborah Zeigelboim criou uma empresa de agenciamento de animais de estimação para campanhas publicitárias. A Pet Model Brasil começou em 2010 e conta com 520 animais cadastrados de 92 cidades.

A agência funciona somente on-line e a Deborah é a responsável por fazer a intermediação entre o cliente e o dono do pet. “No ano passado, tivemos um crescimento de 60%. Animais atraem muito o consumidor e não é somente o mercado pet que demanda o serviço”, diz a empresária.

Para Edite, a tendência é que a diversificação e a gourmetização continuem em alta, assim como a demanda. “É um bom caminho, mas o empreendedor precisa conhecer bem o ramo e fazer um levantamento para ver quais são seus concorrentes.” Ela também alerta para a necessidade de possuir uma série de certificações para atuar no mercado pet.

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