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Mergulhar em um novo negócio sem dominar a expertise da atividade é dobrar o risco. A orientação dos especialistas é não economizar em pesquisas e avaliar minuciosamente o mercado. “Nessa questão, o franchising ganha vantagem, pelo know-how que oferece ao franqueado”, observa a consultora Cláudia Bittencourt, diretora do Grupo Bittencourt, especializado em franquias.

Os desafios de empreender em 2016

Ambiente econômico turbulento exige mais preparo para reduzir riscos e ser assertivo nos negócios

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Por outro lado, justamente pela promessa de dar suporte ao empreendedor, é preciso redobrar cuidados na hora de avaliar a marca franqueadora e fugir de arapucas que cobram e não entregam a devida assistência.

O professor do Insper Marcelo Nakagawa lembra que, além de evitar modismos e negócios com baixa barreira de entrada e alta concorrência, é preciso recorrer a bons mentores. “Ter acesso a orientação qualificada ajuda a cortar caminhos”, diz. Essa troca de experiências também é válida com outros empreendedores, mesmo que de áreas distintas ao próprio negócio. É o network que ajuda a debelar pequenas angústias de empreender, comuns a todos que iniciam um novo projeto.

Atenção ao mercado

Para tentar afinar a mira na hora de escolher uma área de atividade, além de expertise e afinidade, vale observar o mercado. Claudia lembra que é importante dar enfoque em necessidades do consumidor. “Pacotes mais básicos de consumo, de manutenção de atividades ou hábitos, são interessantes no momento econômico atual”, diz.

Academias de ginástica, clínicas de estética, saúde ou beleza e bem-estar, serviços de manutenção, como conserto de eletrodomésticos, veículos e equipamentos, além de reformas de móveis e reparos residenciais são apostas interessantes, na avaliação da consultora. “No varejo tradicional, o vestuário ainda pode ser trabalhado com preços competitivos. Em negócios de tendências, serviços dirigidos à terceira idade têm bastante futuro”, diz Claudia.

Ana Paula Tozi, CEO da GS&AGR Consultores, especializada em varejo, lembra que o comércio de bens duráveis e semi-duráveis terá mais dificuldades em 2016. “Mas o mercado de artesanato, em que a criatividade é relevante, sempre tem boa atividade”, diz. Novos formatos de organização empresarial, apoiados na divulgação em mídias sociais, dão vazão à produção e às vendas, pois a encomenda sob demanda ajuda a racionalizar os custos e melhorar a margem de rentabilidade.

GESTÃO E ESTRATÉGIA

Definida a área de atuação, o empreendedor precisa dar conta dos pormenores da organização do negócio. Aprender sobre finanças e contratação de pessoal, por exemplo, deve fazer parte da capacitação do futuro empresário. “O plano de negócios também será essencial para prever recursos, investimentos e gastos ao longo da trajetória”, diz Claudia Bittencourt, especializada em franchising. Para estabelecer-se, uma folga no caixa é indispensável. Pelo menos 30% do total do investimento no novo negócio deve ser destinado ao capital de giro, para sustentar a empresa nos primeiros meses de atividade.

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