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Robinson Carlos Franco, CEO da Frutobom na sua casa, busca R$ 2 milhões de aporte | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Robinson Carlos Franco, CEO da Frutobom na sua casa, busca R$ 2 milhões de aporte| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Opinião

Não precisa ir tão longe para investir em uma startup

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O que realmente importa para o investidor que busca um novo negócio no qual apostar? O faturamento já atingido – se houver – e as chances de crescimento são importantes, bem como o mercado em que o negócio está inserido. Acima dessas variáveis, porém, está a capacidade do empreendedor em realizar o potencial do negócio.

VÍDEO: confira algumas das apresentações feitas no II Venture Forum Sul-Brasileiro

Essa foi a principal característica observada ontem, no II Venture Forum Sul-Brasileiro, em Curitiba. O evento deu espaço para que dez empresas pré-selecionadas do Sul apresentassem a possíveis investidores seus históricos e perspectivas, segundo os aportes por elas solicitados. Sete delas são paranaenses: Akiyama Corporação, Be Little, Doce D’Ocê, Tecverde, Frutobom na sua casa, Pro Solus e Hi Technologies.

Em troca de aportes que chegam a até R$ 20 milhões, as empresas oferecem seu faturamento em 2012 – o maior entre as sete é da Akiyama, R$ 45 milhões – e previsões de crescimento de cerca de 2.000% em quatro anos. Esse é o caso da Frutobom na sua casa, que projeta um faturamento de R$ 81,6 milhões em 2018, sobre R$ 3,9 milhões de 2012.

Os números impressionantes, porém, são apenas aperitivos para os investidores. Eles querem mesmo é ver a coerência do empreendedor ao apresentar os dados. Felipe Marcondes de Mattos, diretor de investimentos da CVentures, de Santa Catarina, explica que seu fundo busca quatro características: mercado em que a empresa atua, estratégia para o crescimento, inovação e capacidade do empreendedor.

"A empresa, para receber um aporte, precisa solucionar um problema. Buscamos um negócio em que o empreendedor se destaque mais que a ideia, porque é a capacidade de realização do empreendedor que faz com que o negócio cresça", afirma.

Guilherme Vanzin, administrador da gestora de investimentos Tamoko, de Curitiba, avalia que o aporte é importante para a empresa ganhar escala e ter presença a ponto de competir com multinacionais, por exemplo. Mas é preciso que o empresário mostre que sabe do que está falando. "É importante que a perspectiva seja clara", salienta.

Se escolhido por um investidor, o empreendedor deve estar ciente de que vai ganhar um sócio e que a paixão pelo negócio deve dar espaço também ao desapego. A observação é de Ricardo Fortunato Barcelos, do Capital Inovador do Senai-PR. "O investidor entra como um sócio com data certa para sair. No período em que estiver na empresa ele vai querer recuperar de cinco a dez vezes o valor investido. O empreendedor deve estar preparado para isso", diz.

Em busca de um investidor

Veja o perfil das sete empresas paranaenses que se apresentaram no II Venture Forum Sul-Brasileiro:

• Akiyama Corporação

Quem se apresentou: Ismael AkiyamaO que faz: Oferece soluções em segurança e identificação.De onde: CuritibaFaturamento em 2012: R$ 45 milhõesAporte desejado: R$ 15 milhões, para investimento na área comercial, em marketing, P&D e capital de giro.

• Be Little

Quem se apresentou: Luciana BecharaO que faz: Produz e vende em lojas físicas e virtuais roupas para bebêsDe onde: PinhaisFaturamento em 2012: R$ 3,4 milhõesAporte desejado: R$ 2 milhões, para investimento em plataforma e-commerce, Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, marketing digital, cadeia logística e no modelo de franquias.

• Doce D’Ocê

Quem se apresentou: Carlos BazanellaO que faz: Atua no setor de panificação e confeitaria ultracongeladaDe onde: ChopinzinhoFaturamento em 2012: R$ 22 milhõesAporte desejado: R$ 20 milhões, para investimento em maquinário e equipamentos, capital de giro e P&D.

• Tecverde

Quem se apresentou: Caio BonattoO que faz: Constrói casas utilizando processos sustentáveis e industrializados.De onde: CuritibaFaturamento em 2012: R$ 3,5 milhõesAporte desejado: R$ 10 milhões, para investimento em nova fábrica, execução de estratégia comercial, capital de giro e P&D.

• Frutobom na sua casa

Quem se apresentou: Robinson Carlos FrancoO que faz: Realiza venda de alimento congelados no sistema porta a portaDe onde: CuritibaFaturamento em 2012: R$ 3,9 milhõesAporte desejado: R$ 2 milhões, para investimento em marketing, novo centro de distribuição, logística e capital de giro.

• Pro Solus

Quem se apresentou: Fernando Yukio MizoteO que faz: Desenvolve equipamentos para agricultura de precisãoDe onde: Campo MourãoFaturamento em 2012: R$ 5,4 milhõesAporte desejado: R$ 9,5 milhões, para investimento em P&D, marketing, bens de capital, melhorias em bens físicos e novos mercados

• Hi Technologies

Quem se apresentou: Marcus FigueredoO que faz: Produz equipamentos médicos com alta tecnologiaDe onde: CuritibaFaturamento em 2012: R$ 2,5 milhõesAporte desejado: R$ 4,7 milhões, para investimento em capital de giro, P&D, exportações, marketing e expansão da fábrica

Confira algumas das apresentações feitas no II Venture Forum Sul-Brasileiro.

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