• Carregando...
O site comercializa mais de 40 mil produtos, feitos por 6,2 mil artistas | Brunno Covello/Agência de Notícias Gazeta do Povo
O site comercializa mais de 40 mil produtos, feitos por 6,2 mil artistas| Foto: Brunno Covello/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Após uma temporada no Vale do Silício, berço das maiores empresas de tecnologia do planeta, a equipe da empresa curitibana Solidarium retorna à capital com uma responsabilidade nas mãos uma ideia na cabeça: ser a maior rede de distribuição de produtos feitos à mão do mundo. A companhia oferece uma plataforma de e-commerce na qual artesãos dos quatro cantos do país podem comercializar seus produtos para todo o mundo. A ideia é que até o final de 2015 o canal reúna 50 mil dos 8,3 milhões de artesãos existentes no país.

Com crescimento de 50% ao mês e uma equipe de 11 pessoas, atualmente o site comercializa mais de 40 mil produtos feitos por 6 mil e duzentos artistas. "80% dos artesãos do país tem acesso à internet, mas apenas 1% faz venda online, queremos atrair os outros 99%", diz o fundador e CEO da empresa, Tiago Dalvi. No site, qualquer pessoa pode fazer seu cadastro gratuitamente e colocar produtos à venda em questão de minutos. O lucro da Solidarium consiste em uma comissão de 15% sobre o valor das vendas.

Vencedora de premiações como a Proxxima Startup, neste ano a empresa foi selecionada para passar pela aceleradora 500 Startups, nos Estados Unidos, e receber mentoria de grandes empreendedores, como os fundadores do LinkedIn e Pinterest. "A experiência abriu o horizonte do negócio, vimos que estávamos limitando nosso potencial de crescimento", diz o empresário. A Solidarium deve receber ainda um aporte financeiro da aceleradora, que será aplicado em estratégias para atração de novos artesãos e no desenvolvimento de novas ferramentas de tecnologia.

Design social e competitivo

Em tempos de produtos industrializados e massificação de tendências, a exclusividade das mercadorias feitas à mão ganha novo valor, atraindo consumidores mais conscientes e exigentes. Mas quem pensa em artesanato limitado aos tradicionais produtos das feiras se engana, a proposta é oferecer design e qualidade. "A ideia não é fazer caridade nem filantropia, é trabalhar com produtos altamente competitivos", explica o CEO. Os itens variam entre decoração, moda, artigos para festas e temas infantis. Alguns vendedores chegam a arrecadar mais de R$ 10 mil por mês.

Por meio de pesquisas, a equipe acompanha o efeito das vendas na vida dos artesãos, que falam sobre mudanças como a melhoria das condições de moradia e da educação dos filhos. Uma das primeiras do Brasil a aliar negócio a impacto social, a empresa ajuda a construir um novo segmento no país. "Queremos inspirar mais empreendedores a seguir esse caminho, mostrar que é possível ganhar dinheiro e impactar a vida das pessoas. É um negócio tradicional, mas quando cresce, o artesão vem junto".

História

A ideia da Solidarium surgiu há oito anos, quando Dalvi trabalhava em uma fomentadora do empreendedorismo em comunidades de baixa renda e percebeu que havia produtos de qualidade e pessoas interessadas em compra-los, mas faltava uma ponte que os conectasse. A iniciativa teve início com a venda em pequenas lojas físicas e mais tarde em gigantes varejistas como Walmart e Tok&Stok. Mas a solução para atingir os milhões de artesãos do país veio em 2012, com a plataforma online, que tornou o negócio mais acessível e pulverizou as vendas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]