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Os parceiros Bruno Doneda e Henrique Flores estão a frente da Contraktor. A startup pretende aumentar seu faturamento em dez vezes até dezembro deste ano. | Divulgação
Os parceiros Bruno Doneda e Henrique Flores estão a frente da Contraktor. A startup pretende aumentar seu faturamento em dez vezes até dezembro deste ano.| Foto: Divulgação

Durante o tempo em que trabalhavam como advogados, os amigos Bruno Doneda e Henrique Flores, de 28 e 27 anos, enfrentavam problemas que dificultavam tarefas simples do cotidiano do escritório. Muita papelada para assinar e pouca eficiência no controle de tarefas, no fim das contas, só resultava em muita dor de cabeça. Da busca por soluções em meio a tanta burocracia, a dupla abriu uma consultoria jurídica voltada a startups. 

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Não demorou muito para que o projeto inspirasse a criação de uma nova empresa, especializada na gestão de contratos em nuvem, a Contraktor, que atende organizações de vários tamanhos. Aberta no ano passado, a startup curitibana vem colecionando reconhecimentos. Ficou entre as cinco startups mais atraentes no Desafio Paraná, promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em 2016, e tirou o segundo lugar no DemoDay da Sedu/Paranacidade em abril deste ano.

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Os amigos começaram negócio com dinheiro próprio, no início de 2016. Em dezembro, foi feita a primeira etapa de captação de recursos junto a dois investidores anjos e um fundo de investimento, todos de Curitiba. O valor obtido foi de R$ 120 mil.

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Mas foi na segunda captação que a Contraktor superou recordes. Intermediada pela plataforma EqSeed, que seleciona as empresas de melhor potencial do mercado (apenas uma entre cada 100 analisadas é aprovada), a startup curitibana captou R$450 mil em 56 dias com o maior ticket médio já registrado pela plataforma: R$ 15 mil por investidor. 

Para o economista Brian Begnoche, um dos criadores da EqSeed, a arrecadação fez jus ao potencial que a equipe da plataforma identificou na Contraktor desde o processo de seleção. Na perspectiva dele, o modelo de negócio de Bruno e Henrique tem tudo para decolar. A começar pelo fato de que se vale de aparatos tecnológicos para resolver problemas que milhares de empresas têm. “Como é uma boa ideia voltada para um mercado grande, o potencial de crescimento é amplo”. 

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Os empresários contam que, além de terem recebido o dinheiro, também tiveram a oportunidade de estreitar relações com investidores importantes, o que tem aumentado ainda mais a projeção da startup e fomentado o networking junto a parceiros de peso. “Agora a gente já se sente preparado para atender não apenas empresas de pequeno e médio porte, mas também as de grande”, comemora Henrique. 

Tendo como carro chefe uma solução que gerencia e edita documentos na nuvem, facilitando o controle de acordos e agilizando processos internos das empresas, a startup já gerenciou mais de R$100 milhões em contratos.

Para os parceiros, duas grandes razões do sucesso da ideia é a busca crescente das empresas pelas facilidades que a tecnologia tem a oferecer e a procura por estratégias que ajudem a poupar tempo em dinheiro, sobretudo, em um período de crise econômica. “Ninguém quer ficar para trás neste cenário e a gente entra para ajudar o empresário a enfrenta-lo”, diz Bruno. 

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Empresa quer atingir 1,5 mil usuários mensais na plataforma

Hospedada na Jupiter Techspace, espaço que hospeda startups localizado no Alto da Glória, em Curitiba, a Contraktor já conta com 10 pessoas. Além de Bruno, que é especialista em direito empresarial e gestão de TI, e Henrique, pós-graduado em Administração de Empresas, estão a frente do negócio os dois gestores de TI Eduardo Pereira e Eduardo Buratti. “Trabalhamos em conjunto e temos metas ainda para este ano”, adianta Henrique.

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Os recentes prêmios recebidos pela startup curitibana e os números já conquistados parecem ser só o começo do que ainda vem pela frente, segundo a dupla de sócios. A empresa pretende multiplicar por dez seu faturamento até dezembro deste ano, atingir 1,5 mil usuários mensais na plataforma e 500 empresas pagantes até 2018.

Também até lá, os empresários esperam aumentar para R$ 1 bilhão o valor gerenciado em contratos. “Nossa ideia é que, conforme as empresas vão se desenvolvendo com o nosso apoio, a demanda pelos nossos serviços siga fidelizada”, projetam os sócios.

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