Os trabalhadores da unidade da General Motors em São José dos Campos pararam nesta quarta-feira durante duas horas o setor de embalagens de exportação. Eles protestam contra o plano de reestruturação anunciado pela montadora na segunda-feira, que resultará na demissão de 960 metalúrgicos da fábrica de São José até o fim de julho deste ano.
A mobilização ocorreu em dois horários, a primeira no período da manhã e a outra à tarde. Para esta quinta-feira está prevista nova paralisação, desta vez na produção de motores.
- Estamos fazendo assembléias em cada área e conversando com os trabalhadores sobre o que está acontecendo - explica Luiz Carlos Prates, o Mancha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José.
Os trabalhadores estudam fazer uma greve por tempo indeterminado se não houver negociação com a empresa. Por outro lado, a GM já informou que está disposta a negociar e que um Programa de Demissão Voluntária (PDV) poderia ser a solução.
Nos próximos dias, o sindicato se reúne com metalúrgicos de outras empresas que passam pela mesma situação. É o caso dos trabalhadores do ABC, que também receberam a notícia de que seriam feitas demissões na Volkswagen. A montadora alemã pretende dispensar 5.773 funcionários.
- Vamos unificar as forças e poderemos até fazer um ato em conjunto - afirma o Mancha. As montadoras alegam que os cortes são resultado da valorização do real, o que provocou redução nos lucros com as exportações. A Volks estima que o volume de veículos exportados cairá 40% neste ano, o que significa 80 mil carros a menos.
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