• Carregando...
 | REUTERS/Kevin Lamarque
| Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Acordo dos EUA não resolve o problema por completo, alerta FMI

O acordo político de última hora que levou os EUA a evitarem um calote global foi recebido com alívio ontem pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que passara os últimos dias alertando para as consequências da moratória

Leia matéria completa

Os funcionários do Governo federal americano começaram a retornar para seus escritórios nesta quinta-feira (17) depois que o Congresso conseguiu um acordo ontem à noite para reabrir a Administração Pública e elevar o teto da dívida.

Em uma breve nota, o Escritório de Gestão do Orçamento (OMB) da Casa Branca pediu na noite de quarta-feira que os empregados públicos comecem a se reincorporar a seus postos a partir desta manhã, após mais de duas semanas sem trabalhar pela falta de dotações orçamentárias.

O presidente Barack Obama assinou pouco antes o acordo proposto pelo Senado (de maioria democrata) e aprovado por uma dividida Câmara dos Representantes (com maior republicana) com o qual a Casa Branca "espera que todas as agências e departamentos retomem suas operações de maneira rápida e ordenada".

"Nos próximos dias, trabalharemos conjuntamente com os departamentos e agências para completar a transação a um status completamente operacional de maneira pausada", indicou em comunicado a diretora da OMB, Sylvia Mathews Burwell.

Cerca de 800 mil funcionários e empregados federais tiveram os empregos e salários suspensos temporariamente pela falta de acordo para manter as dotações orçamentárias vigentes com a chegada do novo ano fiscal em 1 de outubro.

"Este tempo foi especialmente duro para os empregados federais e quero agradecer aos servidores públicos por seu compromisso com o povo americano", indicou Burwell.

Durante os debates para acabar com a situação, o Congresso e algumas agências voltaram a operar a níveis relativamente normais de pessoal, como no caso do Pentágono, ao mesmo tempo em que os legisladores prometeram pagar os funcionários pelos dias que estiveram de licença compulsória.

Obama descarta novo impasse fiscal no curto prazo

"Não" foi a lacônica resposta que Barack Obama deu ontem à pergunta sobre a possibilidade de que a crise em torno do teto de endividamento e do financiamento do governo se repita dentro de poucos meses. "Uma das coisas que eu disse durante esse processo é que nós precisamos nos livrar do hábito de governar por meio de crises", declarou o presidente na noite de ontem, depois de o Senado aprovar o projeto que colocou fim ao impasse que paralisou o país por quase três semanas. Obama agradeceu o empenho dos dois partidos para superar a crise.

Segundo a Casa Branca, o presidente sancionaria a lei na noite de ontem, a tempo de permitir a reabertura do governo hoje. "Nós podemos começar a levantar essa nuvem de incerteza e preocupação dos empresários e da população americana", observou. Segundo ele apesar das diferenças que separam os dois partidos, democratas e republicanos podem trabalhar juntos em uma série de questões. Mas o primeiro ponto que mencionou é quase tão controvertido quanto a reforma da saúde rejeitada pelos republicanos: a mudança no sistema de imigração, seguida da lei agrícola e do orçamento. Obama defendeu que as últimas três semanas sejam "deixadas para trás" e que todas as mudanças necessárias sejam aprovadas ainda neste ano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]