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O saldo líquido de empregos formais gerados em setembro foi de 211.068, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 16, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo do mês passado é resultado de 1.805.458 admissões e de 1.594.390 demissões. Os totais de contratações e desligamentos em setembro foram os maiores para este mês da série histórica, segundo o Ministério do Trabalho.

O resultado ficou acima do intervalo das previsões obtidas pelo AE Projeções, que iam de 60.415 a 170 mil vagas no mês passado. O saldo líquido de criação vagas em setembro é o maior para o mês desde 2010, quando somou 248.875 na série sem ajuste, ou seja, a que considera apenas as informações enviadas pelas empresas até a data limite determinada pelo governo. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.

Segundo o Caged, o resultado de setembro foi 4,32% maior do que em setembro do ano passado, quando ficou em 202.331 pela série ajustada. Já pela série sem ajuste, houve alta de 40,40% na comparação com igual mês de 2012, quando o volume de vagas criadas foi de 150.334.

No acumulado do ano até setembro, houve criação líquida de empregos formais de 1.323.461.

Serviços é o setor que mais criou vagas em setembro

O setor de serviços foi o responsável pela maior geração de vagas formais de trabalho em setembro, segundo dados do Caged. No mês passado, o setor empregou 70.597 pessoas a mais com carteira assinada do que demitiu no período. O saldo foi superior ao registrado em setembro de 2012: de 55.221 postos.

Já o comércio teve um saldo líquido de 53.845 vagas, volume também maior do que a geração de 35.319 vagas vista em igual mês de 2012. Segundo o Ministério, o resultado do comércio em setembro também está bem acima da média verificada de 2003 a 2012 (46.043).

Conforme o MTE, "o bom desempenho" do setor de serviços foi resultado de uma expansão generalizada de suas áreas: houve aumento do emprego no setor em cinco dos seis ramos que o compõem. As instituições financeiros foram o único ramo que apresentou saldo menor do que os registrados em setembro de 2012. No mês passado, esse segmento criou 1.286 postos contra 2.464 vistos um ano atrás.

O ramo de serviços de alojamento e alimentação teve saldo líquido de 22.616 no mês passado ante 14.096 em setembro de 2012; No de serviços de comércio e administração de imóveis o resultado passou de 15.711 para 20.546 e no de ensino, de 7.406 para 9.865. No caso de serviços médicos e odontológicos houve a criação recorde de 9.134 vagas em setembro e no de serviços de transportes e comunicações, de 7.150.

Segundo o Caged, a indústria de transformação foi o segundo setor a gerar o maior saldo de empregos com carteira assinada em setembro. O setor manufatureiro gerou 63.276 postos já descontadas as demissões no período. Houve desempenho positivo, conforme o MTE, em 11 dos 12 ramos que compõem o setor. A exceção foi o segmento de borracha e fumo, que fechou 571 postos no mês passado. Conforme o governo, o resultado pode ser atribuído ao fator sazonal e, mesmo assim, demonstra um comportamento mais favorável nos últimos três anos.

Entre os destaques da indústria estão produtos alimentícios, com a criação de 39.971 vagas, a indústria química, com a geração de 6.659 postos, e a têxtil, com 3.513. O MTE divulgou ainda que o setor de madeira e mobiliário industrial foi responsável pela criação líquida de 3.210 postos, a indústria mecânica, por 2.888 e a produtos minerais, por 2.336. A indústria de metalurgia contratou 2.107 pessoas a mais do que demitiu em setembro, o maior saldo dos últimos três anos.

A construção civil, segundo o Caged, gerou 29.779 postos de trabalho com carteira assinada em setembro. O saldo ficou acima dos 10.175 postos vistos em setembro de 2012 e dos 24.977 do mesmo mês de 2011.

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