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Construção se retrai

Os consecutivos pacotes de estímulos à economia não têm sido suficientes para fazer a indústria da construção sair da crise. Dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o setor não apenas reduziu a atividade, mas também enxugou o quadro de trabalhadores no mês passado. "Eles [os empresários] não estão vislumbrando uma recuperação que possa colocar de novo o setor num eixo de crescimento mais forte este ano", disse o economista da CNI Danilo Garcia.

25,6 mil vagas foram geradas pela indústria paranaense no 1º semestre, 2 mil a mais que no mesmo período de 2012.

Electrolux e Wap demitem mais de 300 pessoas no estado

Embora o conjunto da indústria paranaense tenha elevado seu quadro de pessoal no primeiro semestre, contratando quase 26 mil pessoas de janeiro a junho, fabricantes de eletrodomésticos instaladas no estado demitiram funcionários

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Ainda usada como trunfo pelo governo, a geração de empregos no primeiro semestre teve o pior desempenho dos últimos quatro anos. As contratações formais líquidas (já descontadas as demissões) somaram 826,2 mil de janeiro a junho, 21,2% menos que no mesmo período de 2012, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

INFOGRÁFICO: Número de vagas criadas no primeiro semestre foi mais baixa que em 2009, o ano da crise

O resultado fez o Ministério do Trabalho e Emprego rever a estimativa de criação de empregos deste ano de 1,7 milhão para um intervalo entre 1,3 milhão e 1,4 milhão. Para o ministro Manoel Dias, o novo número ainda é "muito bom" frente "ao quadro de perplexidade que o mundo está vivendo".

Com a atividade econômica errática, os números indicam que, ao contrário do que esperava o governo, não houve uma aceleração gradual do mercado de trabalho.

O ministro do Trabalho, em vez de comentar o pior desempenho no acumulado do primeiro semestre desde 2009, preferiu comemorar a geração de 126,8 mil novos postos em junho, resultado ligeiramente superior ao do mesmo mês de 2012 (120,4 mil).

O setor agrícola foi responsável por quase metade das novas vagas do mês passado, graças à safra recorde que impulsiona as lavouras nos meses de maio, junho e, em menor escala, julho. Outro efeito sazonal foi observado nos serviços, com criação de mais de 44 mil vagas, das quais quase 18 mil no segmento de alojamento e alimentação, em decorrência do fluxo de turistas gerado pela Copa das Confederações.

Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências, afirma que a projeção do ministério continua bastante "otimista". Para ele, o país vai gerar no máximo 620 mil vagas neste ano. A estimativa do Bradesco é de 900 mil.

Freada

Paraná teve o 3.º maior saldo do país, mas também perdeu ritmo

Fernando Jasper

A economia paranaense gerou 83,7 mil empregos formais no primeiro semestre, o que elevou em 3,2% o número de pessoas com carteira assinada no estado, segundo o Caged. Esse saldo foi o terceiro maior do país, inferior apenas ao registrado por São Paulo (290,9 mil vagas) e Minas Gerais (129,4 mil). Apesar do crescimento, os números do Paraná reforçam a tendência – observada nos últimos dois anos – de desaceleração do mercado de trabalho. A criação de vagas entre janeiro e junho foi a mais baixa para o período desde 2009, quando o governo e as empresas do estado preencheram 40,5 mil postos formais. Na comparação com os seis primeiros meses de 2012, quando 89,1 mil vagas foram criadas no Paraná, a geração de empregos no estado baixou 6%.

Setores

Dos oito setores avaliados pelo Caged, seis contrataram menos neste ano em relação a 2012 no estado. Em termos absolutos, os que mais perderam fôlego foram o setor de serviços, em que a geração de vagas no primeiro semestre baixou de 36 mil para 31,9 mil; e o comércio (de 11,7 mil para 9,8 mil). O destaque positivo foi a indústria de transformação, que abriu cerca de 25,6 mil vagas entre janeiro e junho, 2 mil a mais que no primeiro semestre de 2012. Além dela, apenas a administração pública aumentou o ritmo de contratações, ao gerar 1.036 vagas nos seis primeiros meses de 2013, 17 a mais que um ano antes.

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