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A fila do desemprego continua a crescer nas seis principais regiões metropolitanas do país. Mais de 1,85 milhão de pessoas estão atrás de uma vaga, o maior número desde agosto de 2009, quando o Brasil se reerguia da crise global. Com isso, a taxa de desocupação chegou a 7,6% no mês passado, a mais elevada para o período também desde 2009, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE.

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O resultado significou mais um degrau na escalada do desemprego, cuja taxa começou o ano em 5,3%. “É como se tivéssemos andado sete anos para trás em apenas oito meses. É chocante, é muito rápido”, disse João Saboia, professor do Instituto de Economia da UFRJ.

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Em agosto, a combinação perversa de demissões e maior busca por vagas se repetiu. O contingente de trabalhadores encolheu 1,8% em comparação a igual mês de 2014, a nona queda seguida – uma sequência inédita na história da pesquisa, que investiga as regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife.

Foram 415 mil dispensados, enquanto 221 mil pessoas iniciaram a busca por trabalho, sem sucesso. Com isso, 636 mil pessoas engrossaram as filas de desemprego em apenas um ano. “Estamos passando longe de um momento favorável do mercado de trabalho. Há uma mudança de rumo”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Perfil

Mas a maior preocupação é que o desemprego está crescendo com mais força entre os adultos entre 25 e 49 anos, que costumam ser os chefes de família. “Isso tem o efeito de arrastar mais pessoas para o mercado de trabalho. Um adulto que tenha um filho jovem, se demitido, ele pode arrastar esse filho para o mercado”, disse Azeredo.

A transformação pela qual passa o mercado de trabalho tampouco é virtuosa. Há meses as demissões estão concentradas em postos com carteira assinada. Só em agosto, foram 445 mil cortes na comparação com o mesmo mês do ano passado.

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