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A agricultura foi o setor que mais contratou em julho, com 18,1 mil novas vagas formais no país | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
A agricultura foi o setor que mais contratou em julho, com 18,1 mil novas vagas formais no país| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

O crescimento fraco e o aumento do pessimismo entre empresários e consumidores bateu no mercado de trabalho das grande cidades. Pela primeira vez desde 2003, foi registrado num mês de julho fechamento de vagas formais nas nove regiões metropolitanas do país.

Com isso, o resultado total do país foi de geração de apenas 41,5 mil postos com carteira assinada, também o pior resultado para julho em dez anos.

Segundo dados do Cadas­tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram fechadas 13.334 vagas em Salvador, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo e cidades do entorno dessas capitais.

Belém e Fortaleza foram as únicas metrópoles que abriram novos postos (2.276). Na Grande Curitiba, 1.038 empregos foram cortados.

Em todo o país, o setor que mais contribuiu para o crescimento do emprego no mês passado foi a agricultura (18,1 mil novos postos). Ainda assim, houve uma queda de 24% nas contratações em relação a um ano antes. Nos demais setores, a queda chegou a 93% no comércio, 80% na construção civil e 71% em indústria e serviços, em relação a julho de 2012.

Incertezas

Para o economista da PUC-Rio José Márcio Camargo, à exceção da agricultura, os setores econômicos estão sendo impactados pela inflação alta e pela incerteza sobre a política econômica, o que reduz investimentos. "A geração de emprego está em queda desde janeiro de 2010. Agora, chegamos a um resultado como há muito não se via."

Com o resultado de julho, a geração de vagas no acumulado do ano ficou em 907,2 mil, pior resultado desde 2009. Nesses sete meses, foram fechadas 8,6 mil vagas no Nordeste. As demais regiões geraram empregos, mas em ritmo menor.

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