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O futuro ministro da Fazenda tem uma posição menos radical sobre política fiscal, ao contrário de Levy, sempre contrário a afrouxamentos | UESLEI MARCELINO/REUTERS
O futuro ministro da Fazenda tem uma posição menos radical sobre política fiscal, ao contrário de Levy, sempre contrário a afrouxamentos| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O empresariado viu com ressalvas a indicação de Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. O presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, afirmou que a nomeação de Nelson Barbosa para a Fazenda “distancia o Brasil do que deveria ser feito, que é o ajuste fiscal”.

“Ele é o ministro da gastança. Foi até agora o principal obstáculo para o ajuste fiscal. Não acho que essa nomeação está alinhada ao bom senso”, disse o empresário do setor varejista.

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Rocha frisou que, com Barbosa na Fazenda, “2016 será mais difícil do que este ano”, citando que o varejo fechará 2015 em um dos piores níveis de vendas da história.

Já Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim, associação que representa a indústria química nacional, pediu que haja um ajuste fiscal com mais corte de gastos e menos aumento de impostos.

“O mais importante agora é ter uma definição clara de quem vai comandar a política econômica”, comentou Figueiredo.

Abaixo das expectativas

O sócio da consultoria Opus e professor da PUC/RJ, José Márcio Camargo, avalia que a substituição trará menos preocupação à equipe econômica com o equilíbrio fiscal.

“Todas as declarações que ele tem dado (Nelson Barbosa) são em direção de menos preocupação com o equilíbrio fiscal. É isso que posso dizer”, afirmou Camargo.

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Para o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira, a escolha de Barbosa ficou abaixo das expectativas do mercado, e de nomes que haviam circulado recentemente, como o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e até o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.

“São nomes que já têm respaldo do mercado financeiro. O ministro Nelson Barbosa, embora esteja por dentro de todos os assuntos do governo, é um nome ligado à introdução da nova matriz econômica do primeiro mandato da presidente Dilma e de políticas frustradas. Para o mercado, parece ‘mais do mesmo’”, diz o estrategista da Guide.

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