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O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) defendeu ontem que os empresários do estado participem mais ativamente da política nacional. Com a intenção de motivar o setor produtivo a construir uma "agenda estratégica para o país, a federação montou a Rede de Participação Política do Empresariado Paranaense, que pretende ser "um espaço democrático para a discussão e proposição de mudanças na relação entre a sociedade e o estado". A criação da rede foi proposta durante o Congresso Paranaense da Indústria, encerrado ontem à noite. "Queremos fazer uma pressão saudável para que ocorram as mudanças de que nosso país precisa", disse Rocha Loures. "Pretendemos também proporcionar informações e elementos para que todos possam fazer melhores escolhas no momento do voto."

Segundo o presidente da Fiep, a rede empresarial não vai apontar quais seriam os candidatos ideais, seja no âmbito estadual ou federal. Para elaborar suas propostas, a rede receberá, via internet, as sugestões e opiniões do empresariado. Uma das principais reivindicações, de acordo com Rocha Loures, será a redução e a melhoria da qualidade dos gastos públicos. "Como os gastos públicos são mal aplicados, hoje falta educação, saúde, segurança pública e segurança jurídica, que incentive as empresas a investir", disse o presidente da Fiep em entrevista coletiva. Questionado sobre onde falta segurança jurídica, ele declarou que "falta não só no Paraná, mas em todo o Brasil."

Segundo Rocha Loures, os temas considerados mais importantes pelos empresários que participaram do congresso foram gestão, política econômica, política industrial, comércio exterior, inovação e assuntos relacionados às micro e pequenas empresas. "No último congresso, apenas 7% dos empresários citaram a gestão como assunto mais relevante para a indústria. Nesta edição, esse índice subiu para 30%. Isso porque, com o câmbio sobrevalorizado e a ausência de políticas públicas de apoio ao setor privado, as empresas precisam ter um ganho dramático de produtividade para poder compensar esse ambiente econômico adverso."

As conclusões do encontro, formuladas a partir de nove debates setoriais e nove temáticos, foram reunidas em um documento e entregues ao ministro do Planejamento, o paranaense Paulo Bernardo – que compareceu à solenidade de encerramento. De acordo com a Fiep, 70% das 2 mil pessoas que participaram do evento são de Curitiba e região metropolitana, e os 30% restantes, do interior do estado. Aproximadamente 75% são da iniciativa privada – indústria, comércio e serviços – e 25% de governos, universidades e organizações não-governamentais.

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