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Centro de Design da Electrolux: empresas tradicionais e novos players investem em design e funções inovadoras para produtos | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Centro de Design da Electrolux: empresas tradicionais e novos players investem em design e funções inovadoras para produtos| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Investimento

Marcas como Samsung, LG e Ford investem em novas tecnologias

Mais conhecida por seus televisores e celulares, a Samsung também quer ganhar espaço no setor de eletrodomésticos A empresa aposta na chegada de novas tecnologias e garantias de até dez anos para os componentes. "Estamos vivendo uma forte migração de produtos de baixo preço para produtos de alto valor agregado", diz Adelson Coelho, diretor da área de eletrodomésticos da Samsung.

De olho na lava-roupas

Kati Dias, executiva da LG, conta que a empresa está focando na expansão do mercado de lava-roupas, porque 45% da população ainda não tem o produto. A companhia investe na linha de máquinas que lavam e secam – em máquinas com capacidades de 8 kg a 16 kg.

"Vemos cada vez mais pessoas que não querem enviar seus edredons para lavanderias, por isso temos as máquinas grandes. Vemos também que as pessoas estão cada vez com menos auxiliares em casa, por causa da PEC das Domésticas, então precisamos ter produtos como lavadora e secadora e máquinas que podem ser programadas para funcionar enquanto as pessoas estão trabalhando", explica.

Da garagem para a lavação

A Ford informou, em nota, que a estratégia de fornecer seu nome para eletrodomésticos veio para ficar. "A Ford Brasil está alinhada ao plano estratégico global de licenciamento de itens não-automotivos ao lançar, no país, uma gama de produtos licenciados Ford. Além de reforçar a promessa da marca, estes produtos criam experiências positivas, o que resulta num engajamento mais profundo com a Ford".

No Brasil, a operação da Ford Home Solutions está sendo conduzida pela parceria entre a SuperMarcas e a fabricante NKS..

Cada vez mais os consumidores brasileiros olham para os eletrodomésticos com a cobiça antes comum a carros, roupas e eletrônicos. Com mais inovações tecnológicas e um número menor de empregadas domésticas, as pessoas estão trocando os aparelhos de cozinhas e áreas de serviço sem que os atuais tenham quebrado. A busca por inovações e facilidades faz o faturamento deste mercado – de R$ 70 bilhões anuais – crescer mais entre os produtos sofisticados do que entre os básicos. E atrai empresas pouco tradicionais nas "áreas de serviço" como LG, Panasonic, Samsung e Ford.

"Vemos o setor de linha branca ousando em lançamentos. Vemos novos players entrando e um upgrade de produtos. A inovação está em todos os produtos. O próximo passo é a integração dos equipamentos com a internet", afirma Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

Kiçula diz que 2014 não foi um ano muito bom para o setor, em razão de fatores como a Copa do Mundo, as incertezas em relação às eleições e o freio da economia. Ele espera uma alta de apenas 3% nas vendas, mas diz que ainda há muito espaço para crescer, principalmente na substituição de produtos.

Essa também é a avaliação de Jean Rebetez, diretor de Consultoria da GS&MD. Segundo ele, embora a quantidade de produtos vendidos seja praticamente a mesma de 2013, o faturamento passará de R$ 64 bilhões para R$ 69 bilhões neste ano.

"Mesmo a nova classe média está migrando para produtos mais sofisticados. O ar-condicionado que mais vende é o split, o fogão tem sido trocado pelo cooktop, em breve veremos surgir aqui o mercado de geladeiras embutidas, que já existe na Europa e nos Estados Unidos", diz.

Oliver Römerscheidt, da consultoria GfK, informa que enquanto a venda de produtos da linha branca cresceu 6%, em termos de valor, de janeiro a julho de 2014 na comparação com igual período de 2013, em unidades houve queda de 1%. Isso reforça o argumento que os produtos estão mais sofisticados – e caros. Alguns, contudo, registram forte aumento de vendas também em unidades, como fritadeiras (117%), preparadores de alimentos (21%), secadoras de roupas (14%), máquinas de lavar louça (25%), filtros de água (34%) e aparelhos de ar-condicionado split (alta de 74%).

"A casa brasileira mudou e vai continuar mudando. Além da sofisticação dos aparelhos ‘essenciais’, vemos um forte crescimento de outros produtos satélites, como máquinas de café expresso, fritadeiras a ar, multiprocessadores e purificadores de água", diz Römersheidt.

Modernidade

A Panasonic,por exemplo, está apostando forte no setor de geladeiras e máquinas de lavar, com apelo de modernidade e economia de energia. "Nossas geladeiras analisam o comportamento do consumidor por três semanas e se programam. Se, por exemplo, a família abre mais o refrigerador pela manhã e no fim do dia, quando todos estão em casa, ela economiza energia durante o dia, aumentando um pouco a temperatura. Isso evita, também, que a geladeira fique muito gelada e congele os alimentos", explica Sergei Epof, gerente de produtos de linha branca da Panasonic.

Do Japão para o Brasil

No Japão, a Panasonic já tem lavadoras que analisam a sujeira da roupa e calculam a quantidade certa de sabão, água e tempo de lavagem. No Brasil, a marca conta com uma máquina de lavar que analisa a temperatura da água e programa o ciclo de acordo com o calor: quanto mais quente for a água, mais rápido é o ciclo de lavagem, gerando ganho de tempo e economia. O gerente de produtos de linha branca da Panasonic, Sergei Epof, conta que, em geral, demora cerca de dois anos para uma nova tecnologia chegar ao Brasil.

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