Grupos estrangeiros estão sabendo tirar proveito da crise econômica brasileira. Em 2016, as multinacionais desembolsaram pelo menos R$ 119,75 bilhões para aquisições de ativos no país, segundo levantamento da consultoria Transactional Track Record (TTR).
De acordo com o trabalho, as fusões e aquisições registraram 1.019 transações no ano passado, totalizando R$ 260 bilhões (os recursos podem ser ainda maiores, uma vez que várias operações não tiveram seu valor divulgado).
Das 237 transações em que empresas estrangeiras adquiriram empresas brasileiras, 109 tiveram valor divulgado, somando o total de R$ 119,75 bilhões. A canadense Brookfield e a chinesa State Grid aparecem com destaque nesta lista. “E esses dois vão continuar protagonizando a consolidação em 2017”, disse uma fonte do mercado financeiro.
Com a crise – cerca de 60% das 800 grandes e médias empresas não conseguem pagar juros de suas dívidas com a própria geração de caixa –, muitos negócios devem mudar de mãos este ano, segundo fontes. A área imobiliária também deve ficar mais ativa.
A Brookfield, que tem participação acionária em seis shoppings centers no Brasil (já teve fatia em 14 unidades), aumentou recentemente sua participação no Pátio Higienópolis, em São Paulo, e não descarta reduzir sua fatia em outros shoppings, que não estão em uma boa fase, para avançar em unidades mais rentáveis. A gestora também avalia aumentar seu portfólio em empreendimentos comerciais. A Brookfield tem sob gestão no mundo 270 prédios comerciais considerados triple A (com área de 37 milhões de m²).
Agro gaúcho escapou de efeito ainda mais catastrófico; entenda por quê
Prazo da declaração do Imposto de Renda 2024 está no fim; o que acontece se não declarar?
Rombo do governo se aproxima dos recordes da pandemia – e deve piorar com socorro ao RS
“Desenrola” de Lula cumpre parte das metas, mas número de inadimplentes bate recorde
Deixe sua opinião