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Regulamentação

Fiscalização do sistema ficará a cargo do Banco Central

Os usuários das operadoras precisam de uma conta vinculada à linha telefônica. Os valores não vão se misturar ao crédito inserido por meio de cartões pré-pagos, por exemplo. No futuro, será possível fazer transferências de recursos para terceiros e até receber benefícios do governo.

A fiscalização será de responsabilidade do Banco Central. "Para não existir falha, é interessante que a comunicação entre celular e o aparelho (NFC) seja feita por meio de uma conexão segura", comenta Marco Bonato, professor de bacharelado em sistemas da informação da FESP-PR.

Os smartphones estão mais próximos de virar carteiras digitais. Depois da regulamentação do setor de pagamento via celular, anunciada na semana passada pelo Banco Central, as operadoras de telefonia móvel estão se preparando para lançar (ou atualizar) seus aplicativos, conhecidos como mobile payment.

INFOGRÁFICO: Veja como funciona o NFC

Eles serão como contas correntes virtuais, onde o usuário vai poder fazer saques, transferências, depósitos e compras, em um modelo muito parecido com o Paypal e o PagSeguro – sistemas em que a pessoa pode armazenar dinheiro para fazer compras. Mas os usuários devem ficar atentos às taxas cobradas.

Planos

A adesão ao plano da Claro, chamado "Meu Di­nhei­ro", por exemplo, é gratuita, mas para fazer transferência é preciso pagar R$1,50 e, para realizar saque, R$ 5. Por enquanto, o aplicativo funciona em algumas cidades de Goiás e do Rio de Janeiro. A companhia vai fazer testes até o fim deste ano e, caso os resultados sejam positivos, usuários de outras cidades – inclusive Curitiba – vão poder usar o sistema no início de 2014.

A Operadora Vivo, por meio de uma associação da Telefonica International com a MasterCard Worldwide, lançou o aplicativo Zuum no início deste ano. Com o serviço, o usuário tem acesso a uma conta pré-paga que permite a compra de produtos em 1,8 milhão de estabelecimentos conveniados e saques em caixas eletrônicos da Rede Cirrus.

O serviço, por enquanto, só está disponível em cidades do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, mas deve ser lançado no Paraná em 2014. A taxa para realizar saques é de R$6,90.

No site da Vivo existe uma lista de locais que aceitam o pagamento via celular. A reportagem entrou em contato com três estabelecimentos em Porto Alegre, mas eles ainda não aderiram ao serviço. "Não estamos aceitando porque é um sistema que ainda não está consolidado. E ainda não temos uma fórmula de receber o pagamento", relata o gerente da Point Dog Pet Shop, Oldemar Zuge.

A Tim, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma estar desenvolvendo projetos pilotos junto com Itaú, MasterCard, Redecard, Bradesco, Visa e Cielo. O grupo também pretende lançar o mobile Money, um cartão pré-pago no celular, em parceria com a Caixa Econômica Federal. A previsão é que o aplicativo seja lançado no ano que vem.

Futuro

Para o professor do curso de jogos digitais da Uni­versidade Positivo, Rafael Dubiela, a implantação já era prevista. "O pagamento sai do físico e vai para o digital. Esse grande paradigma aconteceu quando a gente saiu da nota para o cartão", relata.

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