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A lista de ações de marketing frustradas nas redes sociais é grande. Recentemente, uma rede de supermercado criou uma campanha no Twitter oferecendo preços especiais em um produto para os usuários que conseguissem repassar a informação para o maior número de pessoas. Houve grande demanda, poucos itens em estoque e... muita reclamação. Em outro caso, uma companhia de alimentos decidiu responder a um usuário que a criticou devido aos impactos que seus produtos causavam ao meio ambiente. Foi um bate boca sem fim.

"Tem que ter treinamento dos funcionários. As empresas têm de ser transparentes o suficiente para os usuários. No Orkut e no Facebook, como o sistema é fechado, as empresas não conseguem ver como está a avaliação de sua marca. No Twitter, é impossível saber quantas pessoas leram a sua mensagem. Tem muita empresa que conta na mão o número de comunidades e seguidores para poder medir o impacto", diz o diretor do Direct Perfor­mance, Tiago Turini.

Segundo David Reck, diretor da Enken Comunicação Digital, esses são exemplos de empresas que não se planejam para entrar nas redes sociais. "Elas têm de saber qual é o seu status na rede. As promoções são os maiores erros pois geralmente repercutem mal. Acho que a saída é a criação de serviços", afirma David.

Não é tevê

Roberto Grosman, sócio da agência de mídia digital F.Biz, lembra que muitas empresas criam uma estratégia para a internet pensando da forma tradicional, como se fosse tevê. "As pessoas estão lá conversando. A empresa não pode querer entrar e anunciar um produto. É preciso avaliar o que as pessoas estão falando. A partir disso, é possível pensar a melhor forma de entrar na conversa", diz Grosman.

As empresas de mídia digital lembram que, com o grande número de erros, a procura por ferramentas que analisam a imagem da marca pelos usuários nas redes sociais não para de crescer. Rafael Kiso, diretor de marketing da Focus Networking, pontua que esse aumento é reflexo da importância desses sites altamente fragmentados.

"Todas as empresas estão usando as redes sociais como termômetro para lançar produtos e serviços. E só depois monitoram o que os usuários estão gerando de conteúdo. E a maior parte dessas iniciativas dá errado. Outras empresas criam um perfil anônimo no Orkut e no Facebook só falando bem de seus serviços. Alguém sempre descobre", diz Kiso.

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