Os empréstimos ao setor elétrico feitos em 2014 pelas distribuidoras de energia custarão ao consumidor R$ 37,4 bilhões. Esse valor pode cair um pouco ainda, para R$ 34 bilhões, porque, para conseguir a aprovação dos empréstimos com os bancos, o governo deu como garantia R$ 3,4 bilhões.
Esse valor será pago pelo consumidor, mas devolvido posteriormente na forma de desconto sobre as tarifas.
Só com o pagamento dos juros da operação, a conta bilionária carrega R$ 12,8 bilhões.
Foram ao todo três operações de financiamento, somando R$ 21,176 bilhões. A primeira foi de R$ 11,2 bilhões, a segunda de R$ 6,578 bilhões e a última, que será paga nesta terça-feira (31), é de R$ 3,398 bilhões.
A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel) aprovou os valores nesta terça durante sua reunião de diretoria. Os valores serão pagos ao longo de quatro anos e meio e serão diluídos na tarifa de energia na forma de aumentos anuais, no momento do reajuste tarifário.
Repasses
De acordo com estimativas da própria agência, os repasses devem representar um aumento médio anual na conta de luz de 6%.
Todos os reajustes ordinários feitos até o momento –que inclui todas as cinco empresas do grupo CPFL, que atendem o interior paulista, além da Energisa Borborema, do Paraná, e a Ampla, no Rio de Janeiro –serão revistos. Para essas empresas, o efeito da aprovação dos valores trará uma redução na atual tarifa praticada. Isso ocorre porque a agência considerou nos processos de reajuste um limite de dois anos para o pagamento dos empréstimos, prazo original da operação. O governo, porém, alongou a operação, como citado, para que seja paga em quatro anos e meio, o que reduz o impacto anual.
A Aneel pretende rever as tarifas dessas empresas já na próxima terça-feira (7).
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