Agricultores de 22 microrregiões do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina e 21 delegações de nove países estão reunidos desde ontem em Francisco Beltrão (Sudoeste) para debater a necessidade de avanços nas políticas públicas e um projeto de desenvolvimento e de renda para agricultura familiar.
Altemir Tortelli, coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) disse que o encontro se realiza a cada três anos para analisar as conjunturas nacional e internacional da agricultura e a perspectiva do futuro para os agricultores familiares. Ele ressaltou que o encontro é dividido em quatro grandes blocos. O primeiro deles é a apresentação de um conjunto de reivindicações que após votação irá se transformar em uma pauta de negociações com os governos estaduais e federal. O segundo bloco seria a discussão de uma lógica de inserção dos agricultores dentro da economia através da criação de cooperativas e agroindústrias.
O terceiro será a discussão sobre o futuro dos sindicatos de agricultores, que inclui a organização das próprias entidades organizações e dos núcleos de sustentação. Por fim, especialmente nesse encontro o tema da educação terá grande destaque nos debates. Segundo o coordenador da Fetraf-Sul, o futuro da agricultura familiar no Brasil, sua permanência, reprodução e continuidade depende muito da mudança dos rumos da educação no campo.
Tortelli disse que a assistência técnica dada pelo governo federal aos pequenos agricultores também está em discussão. "Queremos mudar a lógica das tecnologias que estão sendo usados hoje em favor de práticas que conservem a natureza e a vida dos agricultores".
Ele destacou que a garantia de preços justos para a produção dos pequenos agricultores será um tema debatido a fundo com o governo federal. Segundo ele, apesar de o governo federal já ter um plano de compra desses produtos para garantir a manutenção dos preços, o programa ainda é frágil. "Queremos mais recursos, já que dos R$ 10 bilhões para o crédito agrícola, menos de R$ 140 milhões se destinam a esse programa".
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