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Rio de Janeiro – Responda sem titubear: mesmo usando um relógio no pulso, quando precisa ver as horas você olha para ele ou procura o celular no bolso ou na bolsa? Acreditem: Uma pesquisa informal com esta mesma pergunta, por incrível que pareça, demonstrou uma preferência absurda pelo telefone móvel. Todas as pessoas consultadas disseram que se acostumaram de tal forma ao celular como relógio que aquele que fica no pulso acabou se tornando apenas um acessório. E o despertador velho de guerra? Coitado, perdeu a vez para modelos de celulares capazes de, inclusive, programar vários alarmes para o decorrer do dia.

O celular ganhou tantas funções e se incorporou de tal forma aos nosso cotidiano que tem substituído tecnologias que, antes, pareciam imbatíveis. E o relógio é apenas a mais recente delas. Quem ainda compra PDA ou palmtop que não seja smartphone? Melhor: quem, uma vez em casa, usa apenas o telefone fixo para fazer ligações?

Um estudo divulgado semana passada pela consultoria norte-americana Pew Research revela um dado interessante: hoje, 12,8% dos domicílios dos Estados Unidos só têm telefones celulares, ou seja, abandonaram de vez as linhas fixas. Parece pouco, mas a pesquisa vai além ao indicar um futuro com uma penetração cada vez menor de telefones convencionais: até o final de 2008, diz a Pew, 25% dos lares americanos se comunicarão apenas através dos celulares ou de tecnologias como o VoIP, em que as ligações são feitas pelo PC.

Enquanto isso, uma pesquisa interna feita pela Microsoft com seus funcionários corroborou a previsão e incluiu mais um item como possível alvo dos celulares: os relógios.

De acordo com Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor-geral do Microsoft Online Services Group, o celular tem substituído de tal forma outras formas de tecnologia que, hoje, uma pessoa pode sair de casa apenas com ele, os documentos e a chave. Mas muito em breve, prevê ele, só o celular estará no bolso. "No futuro, não precisaremos nem usar a chave de casa, porque vamos ter a biometria. Para pagar as contas, o celular será o equipamento necessário. Os documentos também poderão estar embutidos nele", diz.

Não se trata de futurologia. Já há projetos em funcionamento de uso do telefone celular como forma de pagamento de contas, substituindo cartões de crédito e débito. No Brasil, os telefones fixos também têm sido relegados a segundo plano, mas aqui o alto preço das tarifas, somado à pouca penetração das operadoras de telefonia fixa e do parco interesse da exploração de áreas mais distantes dos grandes centros, seriam as causas da queda no número de clientes das linhas convencionais.

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