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Ensino a distância abre mercado de trabalho e fomenta negócios

Estúdio de gravação do Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico da Uninter: conteúdo produzido para educação não presencial, | Fotos: Antônio More/Gazeta do Povo
Estúdio de gravação do Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico da Uninter: conteúdo produzido para educação não presencial, (Foto: Fotos: Antônio More/Gazeta do Povo)

Cercado por smartphones e tablets recheados de aplicativos interativos e de conectividade instantânea, o professor na sala de aula presencial precisa superar seus recursos didáticos para reter a atenção dos alunos. A tarefa, muitas vezes, é solitária e depende bastante da criatividade de quem ensina. Se, ao vivo, diante de uma plateia sujeita a dispersões, a tecnologia muitas vezes é vilã, na modalidade de educação a distância (EaD) ela se torna aliada, alistando um batalhão de profissionais e fornecedores para dar suporte à missão.

A mesma internet que disputa atenção dos alunos com o professor é um canal de distribuição de conhecimento, responsável pelo crescimento do segmento nos últimos anos. Ao longo da década completada em 2013, a EaD superou a marca de 1 milhão de matrículas em todo o país. Em 2013, último dado disponível do Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, 15,8% dos estudantes de nível superior eram da modalidade a distância.

A expansão de plataformas de conhecimento deu impulso ao desenvolvimento de novos produtos para atender ao mercado e se refletiu em novas vagas na área. Da velha correspondência, em que o material era enviado via Correios para o aluno cumprir o cronograma, a EaD passou a trabalhar com ferramentas sofisticadas, como vídeo-conferências e conteúdos multiplataformas e digitais, que buscam engajar o estudante e levar o conhecimento por meio de novos equipamentos.

Versões mobiles, softwares de realidade aumentada e adaptativas, em que a complexidade do conteúdo cresce ao ritmo da participação e do avanço do aluno, são algumas das tendências da EaD. “Mas a principal demanda ainda é o preparo do professor. A tecnologia não substitui possíveis deficiências em sua formação”, aponta o especialista em EaD, João Mattar, professor da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo.

É o aprimoramento do professor aos recursos tecnológicos que vai ajudar a transformar o conhecimento em produto de interesse e consumo do aluno a distância. O trabalho é multidisciplinar e reúne profissionais de diferentes áreas, desde a infraestrutura que garante a área técnica para a transmissão e acesso até a construção e desenvolvimento de ferramentas que enriquecem as aulas on-line e mesmo as presenciais.

Mattar cita as ferramentas de simulação como exemplo de conteúdo que agrega valor à experiência de sala de aula. “Cursos como Medicina e Engenharia podem ter laboratórios virtuais que permitem o aprendizado completo do aluno. A tecnologia amplia o leque de conhecimento das disciplinas”, diz.

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