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Convocados por meio das redes sociais pelo movimento dos "Indignados", os manifestantes protestaram cercados por um forte aparato de segurança | REUTERS/Sergio Perez
Convocados por meio das redes sociais pelo movimento dos "Indignados", os manifestantes protestaram cercados por um forte aparato de segurança| Foto: REUTERS/Sergio Perez

Milhares de manifestantes participaram neste sábado à noite (27) de uma passeata no centro de Madri em direção ao Congresso espanhol, aos gritos de "renúncia", para protestar contra o orçamento para 2013 e contra a política de austeridade do governo conservador. Convocados por meio das redes sociais pelo movimento dos "Indignados", os manifestantes protestaram cercados por um forte aparato de segurança.

"Não nos representam", "Mais educação, menos polícia", "Não olhem para nós, juntem-se" e "Renúncia", gritava a multidão concentrada atrás de uma grande faixa branca com o lema "Não ao orçamento da dívida".

"Sou de baixo, do povo. Estou aqui porque tiram tudo de nós, a saúde, a educação, as casas", disse Sabine Alberdi, uma manifestante de 50 anos, que se referia aos cortes orçamentários que estrangulam grande parte da população e ao aumento das expulsões de proprietários endividados em um país em que uma em cada quatro pessoas está desempregada.

"A situação está insustentável", acrescentou. "Trabalho como autônoma, e os cortes me afetam demais porque, quando as pessoas não têm dinheiro, tenho menos clientes".

Há um mês, o movimento dos "Indignados" costuma a organizar suas manifestações nos arredores do Congresso espanhol com o objetivo de cercar o congresso, em protesto contra o orçamento de 2013 que está sendo examinado pelo Parlamento, prevendo ajustes de 39 bilhões de euros.

No total, o governo de Mariano Rajoy pretende economizar 150 bilhões de euros entre 2012 e 2014 para sanear as contas públicas.

Esta política inclui reduções de salários e dos seguros-desemprego, um aumento dos impostos, entre eles o de valor agregado (IVA), além de cortes em saúde e educação.

"Continuaremos assim para defender nossos direitos contra os cortes, contra o orçamento", afirma Rosa Romero, que viajou centenas de quilômetros de ônibus vinda de Granada, na Andaluzia.

Com 21 anos, ela está concluindo os estudos para ser tradutora e se prepara para se juntar à multidão de jovens espanhóis que deixam o país por não encontrarem trabalho na Espanha: "Estou lutando pelos meus amigos, por minha irmã. Mas sei que na de buscar trabalho vou ter que sair do país".

Não a austeridade

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