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Ricardo, Gustavo e Walter, sócios da EngeMovi, estão atentos ao mercado de petróleo e gás | Antônio More/Gazeta do Povo
Ricardo, Gustavo e Walter, sócios da EngeMovi, estão atentos ao mercado de petróleo e gás| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Pouca gente, muito conhecimento

A equipe é pequena, mas variada o suficiente para resolver boa parte dos desafios técnicos. "Temos especialistas em elétrica, eletrônica, software, instrumentação, ótica, projeto mecânico e controle de movimento", conta o sócio-diretor Ricardo Langer, mestre em engenharia de produção e sistemas. Gustavo Emmendoerfer é mestre em engenharia elétrica e informática industrial. E Walter Kapp é doutor em engenharia mecânica. "Nossos projetos partem sempre de uma necessidade do mercado ou de um cliente. Elaboramos então a arquitetura geral do processo e vamos detalhando até que todas as microtarefas sejam conhecidas. Aí partimos para a parte de engenharia em si", explica Langer.

A EngeMovi não impressiona à primeira vista. Incluindo os três sócios-diretores, apenas sete pessoas trabalham em suas modestas instalações, dentro da Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec), em Curitiba. Mas o que elas fazem ali e as ambições que cultivam não têm nada de trivial. O plano é transformar a empresa, especializada em serviços de automação e robótica, em uma fábrica de robôs industriais que produza equipamentos sem concorrentes no Brasil e no exterior.

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Dona de quatro registros de patente, a EngeMovi já executou 40 projetos para clientes como Electrolux, Bosch, Aker Solutions, Tecsis, Pipeway e Petrobras, entre outras. E faturou o primeiro lugar da categoria Startups do Prêmio Bem Feito no Paraná graças à qualidade de seu trabalho de pesquisa e desenvolvimento. Um trabalho que exige conhecimento técnico e muita persistência.

Criada em 2007, a EngeMovi está na Intec há seis anos – normalmente, as empresas ali incubadas ganham o mundo em um ou dois anos. "Não se desenvolve um projeto de base tecnológica em três ou seis meses. Às vezes leva dois, quatro anos. Por isso, a maturação da empresa também é longa", explica Walter Antônio Kapp, um dos sócios que fundaram a EngeMovi.

A indústria de petróleo e gás é o destino da maioria dos projetos. O que tem mais chances de ser produzido em série nos próximos anos, e assim garantir a independência financeira da empresa, é o Robô EngeMovi Serial (RES). Portátil, com 20 quilos, o equipamento foi concebido para fazer a soldagem em campo de dutos de petróleo. Com adaptações, poderá fazer reparos em cascos de navios e turbinas de hidrelétricas. "É uma inovação de nível mundial, porque os equipamentos que hoje vão a campo não são robotizados, e os robôs disponíveis para soldagens desse tipo não são portáteis nem podem pegar sol ou chuva", diz o diretor Gustavo Emmendoerfer.

O projeto vai consumir R$ 1,5 milhão até 2016, dos quais R$ 100 mil já foram investidos pela EngeMovi. O restante virá do programa Tecnova e do Senai-RJ, que comprou a primeira aplicação do robô. A empresa tem contratos para entregar cinco unidades do RES no ano que vem. "A ideia é expandir esses números até que a empresa se torne uma fábrica, oferecendo os robôs por preços competitivos, em um nicho de mercado que os outros fabricantes não atendem", conta Ricardo Artigas Langer, outro diretor da empresa.

Soldagem por atrito

O projeto mais inovador da EngeMovi, o robô Hexaflex, deve demorar mais para chegar ao mercado. Desenvolvido ao custo de R$ 2,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões bancados pela Finep e a Petrobras, o equipamento faz soldagens por atrito, método mais rápido e preciso que a tradicional soldagem por arco elétrico. A ideia é que ele seja usado para corrigir trincas em cascos de navios e plataformas de petróleo.

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Bem Feito no Paraná 2014 | 2:20

Empresa de automação e robótica lidera inovações no Paraná

A EngeMovi é uma pequena empresa de automação e robótica que está incubada no Tecpar (Intec). São poucos funcionários, mas muitas inovações criadas pela equipe e avaliadas entre as mais importantes soluções de mercado para grandes indústrias.

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