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Call center da GVT decorado para o Dia das Bruxas: clima de brincadeira levado a sério | Marcelo Elias / Gazeta do Povo
Call center da GVT decorado para o Dia das Bruxas: clima de brincadeira levado a sério| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo

A juventude dos colaboradores é o retrato da GVT, corporação da área de telecomunicações nascida há pouco mais de dez anos, quando se iniciou a privatização da telefonia no Brasil. Renovação e sintonia com práticas modernas de gestão de pessoas são marcas visíveis da companhia, adquirida recentemente pela gigante francesa da comunicação Vivendi. A julgar pelos resultados obtidos este ano pela GVT, as diretrizes estão no rumo certo. A organização, que começou como "empresa-espelho" da telefonia, com sede em Maringá, no interior do Paraná, hoje está presente em mais de 90 cidades do Brasil e cresce a passos largos – das telecons surgidas em 1999, é a única que sobreviveu se expandiu.

Não por acaso, comunicação, velocidade e conexão têm tudo a ver com jovens. Por isso a empresa gosta de tê-los na casa. Pelos corredores de uma das unidades da GVT em Cu­­ritiba, respira-se inovação e modernidade. Os ambientes atraem a garotada, que gosta de trabalhar ali. Para todos os lados, nos murais, há mensagens de comunicação interna relatando resultados, gerando incentivos, mandando recados sobre segurança na internet, dicas sobre atividades esportivas, lazer e assuntos diversos. Tudo em tons vivos e com design contemporâneo.

Inovação

Na sede onde fica um dos maiores call centers da organização, no corredor de acesso ao refeitório, há duas portas: uma para a sala de descanso, com almofadas pelo chão, carpete e reconfortantes tons azuis, e outra para a sala de tevê. O prédio é local de trabalho de centenas de atendentes de call center, que cumprem turnos de seis a oito horas, com intervalos para alimentação e descanso. Quando se trata de comida e repouso, a empresa está falando sério. Além de balanceados, os lanches e refeições têm opções light e saudáveis. Amplo e bem iluminado por luz natural, o salão do refeitório está ligado a uma área externa com jardim, mesas protegidas do sol por ombrellones e uma pérgola com almofadas coloridas.

O ambiente de descontração incentiva comemorações como a do Dia das Bruxas. Neste ano, a decoração em todos os andares incluía até a banheira com cortina rasgada e manchada de "sangue", evocando o filme clássico de Hitchcock, Psicose. Todo o andar estava tomado por teias de aranha artificiais e outros itens temáticos. A cereja do bolo era o concurso de fantasias. De bruxas a múmias, passando por esqueletos ambulantes e monstros variados, havia de tudo. A animação era visível – até mesmo na sala de palestras, onde ocorria um treinamento, ouviam-se gargalhadas. "Aqui, todo dia é assim, essa diversão", comentou um grupo de funcionários.

Danielle Costa, supervisora de atendimento, confirma: a regra é trabalhar de bom humor. Além do alto astral, porém, há detalhes bem concretos que levam os colaboradores a gostar da GVT e não querer sair da empresa. "Aqui, o trabalho da gente tem reconhecimento. Nosso desempenho é avaliado mensalmente de forma justa. Quem trabalha aqui sabe que pode crescer, e não demora muito", afirma Danielle.

Diretor de recursos humanos, Adeildo Nascimento explica as bases para isso. "A GVT é uma empresa de oportunidades. Se em 10 anos crescemos a ponto de ser uma das grandes do Brasil no setor, nossos funcionários devem crescer junto. Aqui é oportunidade de carreira e aprendizado." O plano de benefícios é flexível, como convém à mentalidade dos jovens do século 21. "Temos públicos diferentes aqui dentro: pessoal de tecnologia, de engenharia, do call center, gente que vai a campo. Não faria sentido ter benefícios exatamente iguais para áreas diversas. Os colaboradores têm uma espécie de carteira, onde podem escolher entre vale-refeição, assistência médica, odontológica, vale-transporte, entre outros."

Horários flexíveis

Conceitos que ainda parecem muito novos para a realidade do mercado de trabalho já estão implantados na GVT, como a flexibilidade de horário para determinadas áreas. O sistema de banco de horas permite essa mobilidade e dá responsabilidade para que o colaborador administre sua carga horária de acordo com as necessidades pessoais. Mas as exigências também são altas. "Estamos crescendo cerca de 40% ao ano, em um setor que é altamente competitivo. Não dá para ficar parado", diz Nascimento. Ele mesmo é um "case" da empresa, e tem sua história de GVT para contar. "Entrei e saí duas vezes. Voltei pela terceira vez porque gosto mesmo daqui", revela, rindo. "É apaixonante."

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Telecomunicações

Fundação: 1999

Curitiba

Faturamento em 2009: R$ 2,72 bilhões

Número de funcionários: 5.441

Homens: 3.045

Mulheres: 2.396

Faixa etária

Menos de 25: 1.708

Entre 26 e 34: 2.508 Entre 35 e 44: 979 Entre 45 e 54: 213 55 ou mais: 33

Escolaridade

Até o 2º grau: 3.121

Sup. incompleto/em curso: 1.050

Sup. completo: 1.120

Pós-graduação: 150

Tempo de serviço

Menos de 2 anos: 3.602

Entre 2 e 5 anos: 1.199

Entre 6 e 10 anos: 640

Entre 11 e 15 anos: 0

Entre 16 e 20 anos: 0

Mais de 20 anos: 0

Perfil do presidente

Nome: Amos Genish / Formação: Pós-graduado em Economia pela Universidade de Telaviv (Israel)

Tempo na empresa: Fevereiro de 2000. Ingressou na empresa como presidente.

Benefícios:

o Plano de saúde

o Plano odontológico

o Atendimento psicológico

o Terapias alternativas*

o Subsídio para graduação ou pós-graduação

o Curso de línguas

o Plano de aposentadoria

* Benefício oferecido apenas a alguns funcionários

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