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Fachada da Frisia, unidade da Batavo Agroindustrial aberta em setembro de 2011. A fábrica vai beneficiar 400 mil litros de leite/dia | Josue Teixeira
Fachada da Frisia, unidade da Batavo Agroindustrial aberta em setembro de 2011. A fábrica vai beneficiar 400 mil litros de leite/dia| Foto: Josue Teixeira

A cidade de Castro, com 67 mil habitantes, lidera a produção de leite do Brasil, com 180 milhões de litros por ano. Graças à alta tecnologia e ao melhoramento da pecuária leiteira, de origem holandesa, a produtividade do rebanho chega a ser seis vezes superior à média brasileira. Pelo menos 12% do valor bruto da produção do município – de R$ 894 milhões- vem da bacia leiteira, segundo o secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Marcio José Lopes.

Dos 100 maiores produtores nacionais de leite, 10 se encontram no município. A região concentra a atuação das três principais cooperativas produtoras de leite do estado – Castrolanda, em Castro, a Batavo, de Carambeí, e a Capal, de Arapoti. "Trata-se de uma cadeia sólida, que abastece hoje principalmente os mercados de São Paulo e Minas Gerais e vende para multinacionais, como Nestlé", diz José RobertoTosato, engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura do Paraná (Seab).

Apesar disso, garantir maior produtividade e aumento da cadeia de produtores é desafio para os planos de expansão das cooperativas. A Castro¬¬landa inaugurou em Castro, há três anos, sua unidade de beneficiamento de leite de R$ 95 milhões e vem expandindo programas com pequenos produtores familiares.

Segundo Marcio José Lopes, uma parceria com a Emater e o município promove a inclusão econômica de pequenos produtores na cadeia de alta tecnologia do leite da cooperativa. "São famílias que atuavam na produção informal de queijo crioulo e que passaram a produzir leite para a cooperativa", diz. Desde o seu início, em 2007, o projeto envolveu 114 produtores, volume que deve subir para 300. O pequeno produtor recebe assistência técnica, acesso a tecnologia e tem garantia de compra pela cooperativa, além de ter acesso a recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Até agora, R$ 6 milhões foram emprestados. De acordo com Lopes, estudos mostram que migrar para a cadeia do leite pode aumentar em até 54% a receita anual do produtor.

A Batavo Agroindustrial, de Carambeí, também está em expansão e inaugurou, em setembro de 2011, uma unidade de beneficiamento de leite em Ponta Grossa, a Frisia, com investimento de R$ 60 milhões, com capacidade para industrializar 400 mil litros de leite por dia. O leite será transformado em leite concentrado, condensado e pasteurizado para marcas de empresas clientes da cooperativa. A fábrica vai beneficiar 400 mil litros de leite/dia.O Paraná é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com 3,3 bilhões de litros/dia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fica atrás do Rio Grande do Sul, com 3,4 bilhões, e de Minas Gerais, com 7,9 bilhões de litros diários.

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