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O estado do Paraná vem se destacando como um dos grandes importadores de automóveis para o Brasil. Nos últimos 12 meses, as montadoras trouxeram para o território nacional quase 140 mil veículos, sendo que 31.706, ou 22,8% deles, entraram pelo Porto de Paranaguá. Em números absolutos, só a Bahia trouxe mais carros de fora do país: foram 33.155 unidades, o equivalente a 23,9% do total.

Mas em matéria de crescimento de importações, nenhum estado supera o Paraná nos últimos meses, cuja expansão foi de 533% nos 12 meses encerrados em abril. Levando-se em consideração os carros mais potentes (motor 1.5 a 3.0), que são quase a totalidade trazida para o país, a Bahia, sede da fábrica da Ford, teve incremento de 95,8%. Rio de Janeiro, que abriga a fábrica da Peugeot, teve crescimento de 129%. Minas Gerais, onde são produzidos os carros da Fiat, teve aumento de 21,6% nas importações. O Rio Grande do Sul, onde está a General Motors, partiu do nada para mais de 2 mil carros importados, todos da Argentina. Somente São Paulo viu suas importações caírem, mas ainda assim o estado não ocupa grande fatia no total trazido de fora (veja quadro).

Nos próximos meses, o Paraná deve ultrapassar a Bahia e se tornar o maior importador de carros do país. A Renault já anunciou a transferência de sua linha Clio para a Argentina, a partir de junho – a fábrica de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, vai produzir o Logan e a linha Mégane.

A Nissan, que no Paraná pertence ao grupo Renault, deve começar a trazer o Tiida a partir do segundo semestre. O carro é fabricado em Aguascalientes, no México, mesma fábrica de ontem sai o novo Sentra, aquele que "não tem cara de tiozão", que também terá mais unidades trazidas para o Brasil. Só nos primeiros quatro meses deste ano, a Nissan trouxe 1.518 carros de fora do país, número que se aproxima dos 1.628 importados em todo o ano passado.

Além disso, segundo o presidente da montadora no Mercosul, Thomas Besson, dos seis modelos anunciados no projeto "Shift Mercosul", três virão de fora do bloco econômico, e talvez um ou dois sejam produzidos no país. "No momento estamos ‘assinando o cheque’ para investir nestas fábricas", conta.

Mas é a Volkswagen que deve responder pelo maior porcentual das importações no Paraná. De acordo com o gerente executivo de Design da montadora no Brasil, Fabrício Bionde, a projeção é trazer 11 mil carros a mais este ano que no ano passado, e o Paraná é a porta de entrada para todos os veículos da marca que entram no Brasil.

Atualmente, a Volks traz o Spacefox da Argentina, o recém-lançado Jetta do México e os modelos Passat, Touareg e New Beetle da Alemanha. As importações do Spacefox chegarão a 27 mil unidades, frente às 15,5 mil do ano passado. Serão trazidos também 6 mil unidades do Jetta, 1,6 mil do Passat (500 a mais que no ano passado, pela chegada do modelo Comfort Line turbinado), 150 Touareg e cerca de mil do New Beattle.

Segundo informações da assessoria de imprensa da montadora, o dólar ajudou bastante, mas aumentar o leque de importações já estava nos planos da Volks. Há algumas semanas, o presidente da montadora anunciou que o porcentual das exportações será reduzido para 18% da produção nacional em seis anos. (FL)

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