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Disparidades na evolução dos índices de cálculo do repasse do ICMS mostram que alguns municípios ficaram para trás. A participação de Porecatu, no Norte do estado, foi reduzida em mais de 60%. O fenômeno é explicado por um crescimento industrial, comercial e agrícola abaixo da média do Paraná. O valor adicionado da cidade aumentou apenas 50% em uma década, contra os 340% do estado.

Na prefeitura, a causa do atraso é ainda um mistério. "Estamos vendo junto às empresas o motivo da queda", diz o chefe da receita municipal, José Ribeiro. Uma das razões para o desempenho fraco de Porecatu, segundo ele, pode ser uma crise vivida por uma grande usina de açúcar nos últimos anos. "É um dos maiores pagadores de ICMS", explica.

Em Itaperuçu, na região metropolitana de Curitiba, a situação é parecida. O valor adicionado subiu pouco mais de 50%, indicando uma estagnação industrial. De acordo com a prefeitura do município, o único grande empreendimento implementado nos últimos anos foi uma madeireira.

Uma queda abrupta no índice de repasse não é apenas reflexo de economias que caminham a passo de tartaruga. Na última década, 23 municípios recém-emancipados passaram a receber seu quinhão de ICMS. Suas antigas sedes perderam área, população, atividade econômica e também passaram por uma dieta de participação no imposto. É o caso de Goioerê. A separação do distrito de Quarto Centenário explica grande parte da redução de 60% no índice. (GO)

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