O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, afirmou que o pacote de estímulos à produção nacional de veículos, que deve ser anunciado pelo governo em breve, poderá contar com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às montadoras que lançarem projetos com foco na expansão do conteúdo local na fabricação de carros. "Temos como preocupação o avanço expressivo das importações de carros, que só no primeiro semestre fizeram com que ocorresse um déficit comercial do setor de US$ 2 bilhões", afirmou.
Segundo Teixeira, o governo também teme que muitos desses carros embarcados de outros países tenham padrões técnicos inferiores aos requeridos pelas autoridades nacionais, o que pode até colocar em risco a segurança dos consumidores. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou na semana passada à Agência Estado que o novo regime automotivo estava em negociações avançadas com as montadoras e que seria anunciado em 15 dias.
Superávit primário
O secretário executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, afirmou que o Brasil tem "condições técnicas" para gerar um superávit primário superior à meta de R$ 117,89 bilhões para 2011. "Isso é possível. Só não sei se é desejável na atual conjuntura global", afirmou. Ele elogiou a disposição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de atingir tal objetivo fiscal neste ano. "O ministro Mantega prometeu surpresas fiscais, mas elas podem ser dos dois lados", brincou. O superávit primário é a economia para o pagamento dos juros da dívida pública.
Teixeira destacou que o Brasil tem como compromisso o combate à inflação, a manutenção dos investimentos públicos e boa administração das despesas oficiais. Ele ressaltou que não tem dúvidas que o País será a quinta economia do mundo em duas décadas, porém o principal foco do governo é melhorar o patamar de riqueza do País com maior distribuição de renda. "A meta central do governo é acabar com a miséria em 2014", disse.
Teixeira ressaltou que o governo tem um comprometimento muito forte com investimentos públicos e melhoria da qualificação profissional dos trabalhadores. Ele destacou, por exemplo, que os investimentos da Petrobras devem gerar a contratação direta e indireta de 140 mil engenheiros até 2020.
O secretário observou ainda que as boas perspectivas econômicas do País nos próximos anos continuarão permitindo alto nível de geração de postos de trabalho, o que deve levar o Brasil ao pleno emprego em 2014, quando a taxa média de desemprego deve variar de 3,5% a 4%.
-
Projeto quer taxar redes sociais e plataformas de streaming para bancar filmes nacionais
-
Moraes derruba norma do CFM que proibia matar bebês de 5 a 9 meses de gestação
-
Oposição barra “jabuti” que poderia estender moratória de dívidas para outros estados além do RS
-
Sob governo Milei, Argentina obtém em abril superávit financeiro pelo quarto mês consecutivo
Corpus Christi é feriado apenas em algumas cidades; veja a lista
Com gestão acolhedora das equipes, JBA se consolida entre maiores imobiliárias da capital
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
Governo eleva projeção para o PIB, mas não põe na conta os estragos no Rio Grande do Sul
Deixe sua opinião