O governo federal oficializou nesta quinta (29) a política de aquisição de produtos para formação de estoques públicos através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A volta dos chamados “estoques reguladores” era uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vai começar com a compra de 500 mil toneladas de milho.
A aquisição será realizada por meio do mecanismo de Aquisições do Governo Federal (AGF), previsto na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), e equivale a aproximadamente 8,3 milhões de sacas de 60 quilos do cereal. A medida foi autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Estão autorizados a vender milho para o Governo Federal os produtores de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Tocantins. O limite de venda por produtor varia de acordo com o estado: Em Mato Grosso, cada agricultor poderá vender até 30 mil sacas para a estatal.
Já em Mato Grosso do Sul e Goiás, o limite é de 10 mil sacas, enquanto que nos demais estados autorizados a aquisição está limitada a cerca de 3,3 mil sacas.
A compra só será finalizada pela Conab se o produto atender aos padrões exigidos. O cereal adquirido poderá ser estocado em armazéns próprios da Conab ou em unidade armazenadora credenciada pela estatal. A compra foi autorizada pelo Mapa motivada pela queda no preço do milho no mercado interno.
A previsão de produção recorde no Brasil na segunda safra, aliada a uma valorização do real frente ao dólar, entre outros fatores, reforçam o cenário de desvalorização das cotações do grão, especialmente no segundo semestre deste ano, momento o qual haverá uma intensa entrada de oferta do produto no mercado mundial com as colheitas nos Estados Unidos, Europa e Brasil.
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