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Os investidores estrangeiros retiraram do país US$ 2,319 bilhões na semana passada, segundo mostram dados do Departamento Econômico do Banco Central (BC) divulgados nesta quarta-feira. Nos primeiros 23 dias de setembro, o volume líquido total de moeda estrangeira adquirido pelos bancos em operações com clientes chegou a US$ 8,084 bilhões. O valor supera o verificado em todo o mês de agosto, quando foram registradas entradas líquidas de US$ 4,155 bilhões no país.

Ao mesmo tempo, os exportadores aproveitaram a cotação mais alta do dólar, que se aproximou de R$ 1,90 este mês, para entrar com seus dólares no país. O saldo positivo destes 17 dias úteis de setembro foi garantido pelos contratos vinculados ao comércio exterior. Os exportadores ofertaram às instituições financeiras US$ 20,470 bilhões, US$ 7,789 bilhões a mais do que foi vendido por elas para pagamento de importações. Em todo o mês de agosto, essa diferença ficou em US$ 6,667 bilhões.

Os demais contratos de câmbio também geraram fluxo líquido positivo, mas de apenas US$ 295 milhões. Especificamente na semana passada, houve forte saída, pois, do início de setembro até o dia 16, o segmento financeiro registrou entrada líquida de US$ 2,614 bilhões, movimento inverso ao de agosto, quando foi deficitário em US$ 2,512 bilhões. Em uma semana, portanto, saíram US$ 2,319 bilhões líquidos.

O segmento financeiro inclui todas as operações exceto as de comércio. Considera toda a movimentação referente a investimentos, empréstimos e financiamentos de estrangeiros ao país e de brasileiros ao exterior e, ainda, transações correntes como pagamento de lucros, juros, dividendos, serviços e transferências unilaterais.

Em termos brutos, essas operações responderam por entrada de US$ 19,167 bilhões nos primeiros 23 dias de setembro. Por outro lado, demandaram dos bancos a venda de US$ 18,872 bilhões para remessa ao exterior. Em relação a agosto inteiro, quando chegou a US$ 28,381 bilhões, o volume comprado pelo sistema bancário no segmento financeiro do mercado cambial caiu. As saídas brutas, que foram de US$ 30,893 bilhões no mês passado, também foram menores em setembro até sexta-feira passada.

A moeda estrangeira que sobrou na mão dos bancos nas operações com clientes em ambos os segmentos foi praticamente toda encarteirada pelas instituições. As compras do Banco Central no interbancário nesses 23 dias limitaram-se US$ 327 milhões, até porque, diante do aumento da taxa de câmbio, a autoridade monetária retirou-se do mercado como compradora. A última vez em que o BC entrou comprando foi na semana retrasada.

Com isso, a carteira de câmbio dos bancos, que estava vendida (que ganha com a queda do dólar) em US$ 6,25 bilhões no fim de agosto, virou e ficou comprada (ganha com elevação do preço do dólar). O BC não informou qual a posição no dia 23. Mas já tinha informado que no dia 21 a posição era comprada em US$ 3,128 bilhões.

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