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Estudo afirma que assinatura básica da telefonia fixa aumentou 7.000%

Os brasileiros estão pagando mais caro pela assinatura básica da telefonia fixa. De acordo com o estudo "Tarifas públicas como fatores de concentração de renda: análise das tarifas de telefonia fixa", realizado pela subseção do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), o preço da assinatura aumentou quase 7.000% desde o lançamento do Plano Real, em 1994.

Uma assinatura básica residencial custava 6.986,89% a mais no mês de setembro deste ano em comparação com julho de 1994. No período a inflação medida pelo INPC cresceu 256,93%. Segundo o estudo, a principal causa dos aumentos foi a privatização do setor. Boa parte dos reajustes aconteceu após a venda do sistema Telebrás, em 1998. "Numa comparação com o período anterior à privatização, vemos que o custo de aquisição de uma linha era elevado, mas dava direito a ações das empresas, e a assinatura custava mais barato. Hoje, apesar do custo de aquisição de uma linha ser baixo, os consumidores acabam tendo um custo fixo (assinatura) e variável (pulso/minutos) muito elevado em comparação à inflação e ao poder aquisitivo da população. Nota-se também um aumento do peso do telefone fixo no orçamento familiar do brasileiro, tendo como parâmetro o IPCA", dizem os economistas Fabiano Camargo e Sandro Silva, responsáveis pelo estudo.

Ranking

O estudo também analisou dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT), divulgado em março, que analisa o nível de desenvolvimento das comunicações e da tecnologia da informação em 150 países. No ranking mundial do segmento em 2007, o Brasil ficou em 60.° lugar, atrás de países como Cingapura (15.°), Estônia (26.°), Lituânia (33.°) e Argentina (47.°). No ranking de 2002, o Brasil estava na 54.ª posição. Em cinco anos o país perdeu seis postos.

Entre outros indicadores, o estudo da UIT analisa em quanto os serviços de telecomunicações comprometem a renda da população. Segundo a UIT, em 2008 o brasileiro comprometia em média 5,9% da sua renda com um pacote básico de telefonia fixa, o que colocava o país na 113.ª posição numa escala crescente de custo que avalia 150 países.

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