Os Estados Unidos devem escapar da recessão, mas seguirão com crescimento modesto, em ritmo lento, ao longo de 2012, avaliam economistas. O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer ao redor de 2,5% no ano que vem, isso se não houver uma piora significativa na situação da crise europeia. "A Europa segue sendo um risco. Mas contamos, em parte, com a dissipação das incertezas no ano que vem", afirma o diretor para EUA do Barclays Capital, Michael Gapen, ex-economista do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Gapen diz que seu cenário leva em conta a prorrogação dos cortes de impostos na folha de pagamentos e dos benefícios aos desempregados. "Nesse cenário, os EUA podem crescer a taxas modestas e reduzir a pressão sobre o desemprego", explica. O quarto trimestre deste ano, avalia o economista, deve ser mais forte. "Este trimestre deve ser melhor do que esperávamos. Mas, de qualquer modo, todo o cenário para 2012 depende de a Europa e os EUA não cometerem nenhum grande erro com suas políticas fiscais", afirma.
O economista-chefe da Rockwell Partners, Peter Cardillo, também espera expansão modesta da economia americana no próximo ano, ao redor de 2,5%, tendo como uma das forças impulsionadoras as exportações.
Mais emprego
Um bom sinal para o próximo ano de que os EUA estão se distanciando do risco de recessão é o mercado de trabalho. Para analistas, a criação de emprego deve continuar a mostrar melhora, ainda que moderada, ao longo do próximo ano. Gapen espera que sejam criadas em média 190 mil vagas por mês ao longo do próximo ano. "Estamos no lado mais otimista", admite. Ele reconhece, no entanto, que um aumento das turbulências na Europa, por exemplo, pode mudar esse cenário rapidamente.
"Contanto que a Europa tenha uma recessão moderada, a economia dos EUA deve crescer modestamente com uma média de 165 mil novos empregos por mês surgindo no mercado de trabalho", afirma o economista-chefe da Rockwell Partners, Peter Cardillo.
Este ano, até novembro, a economia americana criou em média 132 mil empregos por mês, ante uma média de 78 mil em 2010. Em novembro, a criação de vagas nos EUA ficou em 120 mil, segundo dados preliminares e, no pior mês, em junho, foram criadas apenas 20 mil vagas.
Para Cardillo, essa média de criação de empregos deve ajudar a colocar a taxa de desemprego perto de 8% até o fim do próximo ano. A taxa está atualmente em 8,6%, segundo dados de novembro, o melhor resultado desde março de 2009.
-
Queimadas crescem 154% na Amazônia e batem recorde no segundo ano do mandato de Lula
-
3 pontos que Flávio Dino “esqueceu” ao comparar os julgamentos do 8/1 com os do Capitólio
-
Os inimigos do progresso dentro do próprio país
-
Proibição de celulares nas escolas faz bem, especialmente para as meninas, sugere estudo da Noruega
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí
Deixe sua opinião