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A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e o secretário do Interior norte-americano, Ken Salazar, reforçaram nesta segunda-feira (16), em visita a Brasília, o interesse dos EUA em investir nas áreas de energia e petróleo no Brasil, em especial na exploração do pré-sal.

O país deseja pelo menos dobrar a participação de empresas do país que atuam na área de energia no Brasil, tanto no fornecimento de maquinário como na exploração de petróleo, segundo autoridades do governo norte-americano disseram à Reuters, sem projetar o volume dos recursos a serem investidos.

Hillary, que chegou na noite de domingo a Brasília, teve um encontro privado com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. O tema central da conversa foi o pré-sal, onde o Brasil conta com reservas gigantes de petróleo, com grandes áreas a serem exploradas.

Elas ainda chegaram a citar o projeto de distribuição dos royalties do petróleo -cujo texto aguarda aprovação no Congresso, o que tem colaborado para o Brasil adiar novos leilões de áreas de petróleo.

"Esta oportunidade traz embutida muitas responsabilidades", afirmou Hillary em discurso a empresários da Confederação Nacional da Indústria. Ela afirmou ainda que os EUA e Brasil mantêm parceria estratégica em áreas de inovação tecnológica e citou o desenvolvimento de um biocombustível para aviões.

Salazar foi mais incisivo, afirmando que os EUA estão prontos para trocar experiências com o Brasil sobre exploração de petróleo em águas profundas. Ele colocou a parceria nas áreas de óleo e gás entre os dois países como prioridade nas próximas décadas, assim como o turismo.

Tanto funcionários do governo norte-americano quanto representantes do ramo empresarial afirmaram que o caso Chevron preocupa, mas não deve afastar investidores. A Chevron, segunda maior companhia de petróleo norte-americana, vem sendo alvo de investigações e processos judiciais após o vazamento de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos.

Hillary admitiu que a empresa norte-americana tem dificuldades em atuar na exploração de petróleo em águas profundas. Segundo ela, há desafios que devem ser superados, mas que não podem impedir as negociações.

"Queremos ser um bom parceiro. Há problemas em águas profundas e sabemos os desafios que isso apresenta, mas sabemos também que é importante para o Brasil levar isso adiante", disse a secretária, depois de se reunir por cerca hora de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Hillary ainda afirmou que o trabalho de exploração de petróleo desenvolvido no Brasil é "muito caro e difícil". A secretária não mencionou, todavia, o desastre ecológico provocado pela Chevron Brasil.

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