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Autoridades da Casa Branca e líderes republicanos se esforçavam no domingo para assegurar aos mercados globais que os Estados Unidos irão evitar o calote da dívida, mas os dois lados não davam sinais de estarem próximos de um acordo.

"Os líderes do Congresso têm deixado evidente --não apenas os democratas-- que não irão permitir que não cumpramos com nossas obrigações. Nós não vamos entrar em default", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, ao programa "This Week" da rede de televisão ABC.

Com a proximidade de abertura dos mercados financeiros na Ásia na segunda-feira, em algumas poucas horas, autoridades dos EUA lutavam para encontrar uma forma de ampliar o limite de endividamento dos EUA de 14,3 trilhões de dólares antes do prazo limite de 2 de agosto.

O chefe de gabinete da Casa Branca Bill Dalye alertou que as negociações estavam indo em direção a "dias difíceis" e disse ser crucial para a confiança dos mercados e dos empresários que um acordo seja fechado logo.

Mas a perspectiva de um acordo era incerta, com republicanos falando em elevar o limite da dívida no curto prazo e a Casa Branca rejeitando essa ideia.

O presidente da Câmara dos EUA, o republicano John Boehner, prometeu revelar um acordo bipartidário para elevar o teto da dívida dos EUA.

Líderes republicanos querem mostrar progresso nas conversações neste domingo, antes que os pregões das bolsas asiáticas abram. O desejo é ter uma legislação sobre o tema para ser apresentada na segunda-feira.

Os EUA ficarão sem recursos para pagar os juros de sua dívida em 2 de agosto se o Congresso não elevar o limite de endividamento do país. Republicanos têm insistido que a Casa Branca precisa concordar com cortes profundos nos gastos para uma redução do déficit do país no longo prazo antes de qualquer aprovação no Congresso. As negociações se arrastam há semanas.

Autoridades da administração do presidente Barack Obama disseram que uma proposta que combinaria o aumento do limite da dívida com um plano de 10 anos para reduzir o déficit em 4 trilhões de dólares ainda é uma possibilidade, apesar da decisão do presidente da Câmara na sexta-feira de abandonar as negociações com a Casa Branca sobre essa proposta.

Agências de rating disseram que poderão cortar a nota de crédito "AAA" dos EUA se o país não conseguir honrar seus pagamentos, provavelmente causando desordem nos mercados financeiros globais.

Mesmo se os EUA não entrarem em default, o rating poderá ficar sob pressão se o Congresso e o presidente falharem em acertar um plano de longo prazo de redução do déficit.

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