• Carregando...

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) amargou fortes perdas ontem, acompanhando a derrocada nas bolsas americanas. O giro financeiro da bolsa brasileira ainda não recuperou seu nível regular, com os investidores retraídos, à espera de dados chave sobre a economia dos Estados Unidos (EUA).

O Ibovespa, seu principal índice, retraiu 3,12%, para os 59.069 pontos, no encerramento do pregão. Em pontos, a Bovespa recuou para o seu menor nível desde 25 de setembro. O volume financeiro –R$ 5,1 bilhões– ficou bem abaixo da média diária do mês (R$ 7 bilhões). As ações preferenciais da Petrobrás, papel mais movimentado da Bovespa, tiveram perdas de 2,15%, sendo negociadas a R$ 74,85, e giro em torno dos R$ 730 milhões.

A bolsa brasileira abriu o pregão com ganhos moderados, refletindo o otimismo dos investidores ainda na sexta-feira, com as vendas da "Black Friday" – a sexta-feira que abre a temporada de compras de Natal nos EUA. Logo após o início das operações nas bolsas americanas, o humor do mercado piorou, com as notícias negativas do setor financeiro.

A imprensa americana divulgou que o Citigroup, um dos maiores bancos dos EUA, deve promover um "amplo" corte de empregos. O banco, entre os mais afetados pela crise dos "subprime", admitiu que busca meios de "reduzir custos".

Um informe produzido pela equipe de economistas desse banco reforça a tese de que a economia global será afetada pela crise imobiliária e de crédito nos EUA, embora os analistas do Citigroup não prevejam um "colapso" mundial nem uma recessão para a maior economia do planeta.

Nos próximos dias, investidores e analistas terão pelo menos dois dados fundamentais para avaliar o ritmo de crescimento dos Estados Unidos: o "Livro Bege", análise dos dados macroeconômicos produzido pelo Federal Reserve (banco central americano), na quarta-feira, e os dados sobre rendimentos e gastos dos consumidores, na sexta-feira.

Moeda

O dólar comercial foi negociado a R$ 1,825 para venda, em alta de 1,05%, nos últimos negócios de ontem. Trata-se da maior cotação desde o dia 4 de outubro. O Banco Central manteve seu leilão diário de compra e adquiriu dólares a R$ 1,8285 (taxa de corte).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]