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Chipre adia votação das leis do "plano B"

A votação parlamentar de uma série de propostas de lei sobre o controle das transações financeiras, a reestruturação bancária e outras medidas para tirar o Chipre do atoleiro foi adiada, anunciou o presidente da câmara, Yannakis Omiru.

O presidente do Parlamento informou que nesta sexta, às 10h (5h de Brasília), reunirá o plenário e previamente as leis serão examinadas pela comissão de Finanças. Esta série de leis, conhecida popularmente como "plano B", deveria ter sido votada na sessão parlamentar de hoje, mas a negociação de vários pontos destas medidas a atrasou.

Os ministros de Finanças da eurozona pediram nesta quinta-feira (21) ao Chipre que apresente o mais rápido possível sua proposta alternativa ao resgate e expressaram sua disposição a discuti-la com base na análise da "troika" formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A eurozona "está pronta para discutir com as autoridades cipriotas uma nova minuta de proposta e espera das mesmas que a apresentem o mais rápido possível", indicou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em comunicado após a conferência telefônica entre os 17 ministros dos países do euro.

Além disso, insistiram que as novas propostas cipriotas sobre o programa de ajuste terão que "respeitar os parâmetros definidos anteriormente pelo Eurogrupo", acrescenta o comunicado. "Após a conclusão dessas negociações as autoridades do Chipre devem legislar os elementos do acordo", ressaltou o presidente do Eurogrupo e ministro holandês de Finanças.

Igualmente reafirmou "a importância de garantir plenamente na União Europeia os depósitos abaixo dos 100 mil euros". O Eurogrupo afirmou também estar "preparado para garantir a estabilidade da zona do euro em seu conjunto".

Os ministros de Finanças dos países que compartilham a moeda única se reuniram pela segunda vez na semana para analisar a situação do Chipre, cujas autoridades têm um plano alternativo ao resgate de sua economia. A Comissão Europeia, o BCE e o presidente do Eurogrupo intensificaram nas últimas horas a pressão sobre o Chipre com um ultimato e advertências que qualquer plano alternativo deve salvaguardar a sustentabilidade da dívida.

O BCE anunciou que só garante a liquidez de emergência aos bancos cipriotas até segunda-feira, já que não está assegurada a solvência das entidades afetadas sem um programa de ajuda.

No Chipre, o presidente de seu Banco Central, Panikos Dimitriadis, anunciou a reestruturação do Laiki Bank, a segunda maior entidade do país mediterrâneo, dentro de um plano de saneamento do sistema bancário, sem o qual a economia "estaria em perigo". Este banco reduziu hoje para 260 euros diários o limite de saque de dinheiro em seus caixas automáticos.

O plano alternativo com o qual o governo cipriota pretende reunir os 5,8 bilhões de euros exigidos pelo Eurogrupo como contribuição própria ao resgate de até 10 bilhões de euros inclui ainda não só um denominado Fundo Solidário de Investimento, mas também a criação de um banco "bom" e outro "podre".

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