A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, consolidou sua supremacia política na Europa na segunda-feira, quando 25 dos 27 países da União Europeia aprovaram um pacto promovido pelos alemães para impor uma disciplina fiscal maior no bloco, mesmo com as dificuldades para estimular o crescimento e tirá-lo das cinzas da austeridade.
Apenas a Grã-Bretanha e a República Tcheca rejeitaram assinar o pacto fiscal em março, que imporá sanções quase automáticas a países que infringirem os limites de déficit orçamentário da UE e inserirá regras de equilíbrio orçamentário nas constituições nacionais.
O acordo foi saudado pelo Banco Central Europeu (BCE), que há muito pressionava os governos da zona do euro para colocar suas casas em ordem.
"É o primeiro passo para uma união fiscal. Certamente fortalecerá a confiança na área do euro", disse o presidente do BCE, Mario Draghi.
Merkel disse a jornalistas que os acordos sobre o pacto fiscal e o fundo de resgate permanente da zona do euro foram "um pequeno, mas excelente passo no caminho para restaurar a confiança."
Os líderes da UE também concordaram que o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), de 500 bilhões de euros, entrará em vigor em julho, um ano mais cedo que o planejado, para ajudar Estados altamente endividados.



