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zona do euro

Europa deve seguir construindo “muros de proteção”, diz IIF

Dallara, diretor-gerente do IIF: segundo ele, sucesso de acordo com credores vai ajudar a tirar a “nuvem” que paira sobre a economia grega | Edgard Garrido/Reuters
Dallara, diretor-gerente do IIF: segundo ele, sucesso de acordo com credores vai ajudar a tirar a “nuvem” que paira sobre a economia grega (Foto: Edgard Garrido/Reuters)

Ainda que tenha dito que um acordo para a reestruturação da dívida da Grécia ajudaria a restaurar o fluxo de crédito e a confiança dos mercados, o diretor-gerente do Instituto Inter­nacional de Finanças (IIF), Charles Dallara, fez questão de ressaltar ontem o que mais precisa ser feito, tanto em conjunto como por cada país da zona do euro: "A Europa precisa continuar a construir muros de proteção".

O IIF reúne cerca de 450 instituições financeiras do mundo todo e organizou um seminário na Cidade do México, onde será realizado neste fim de semana o encontro de ministros das finanças e presidentes de bancos centrais das 20 principais economias do mundo, o G-20.

Dallara afirmou que a crise atual sugere a necessidade do reequilíbrio do modelo regulatório e disse ainda que não está claro se ações adotadas nos países da zona do euro serão capazes de gerar crescimento e emprego.

Em documento apresentado ontem, o IIF afirma ainda que para resolver a situação na zona do euro "é preciso facilitar um crescimento econômico no curto prazo na região". "Juros baixos e liquidez farta não estão sendo transmitidos para a economia real na maioria das economias avançadas", diz o instituto.

Segundo o IIF, os bancos e instituições financeiras ao redor do mundo "continuam a enfrentar desafios significativos em levantar capital com ações, o que tem se traduzido em desvalorização dos papéis de bancos".

Grécia

Ao falar especificamente sobre a Grécia, Dallara disse que o país passa por um processo histórico de reestruturação da dívida, sem precedentes, e que o sucesso de um acordo entre credores privados e setor público vai ajudar a tirar a "nuvem" que paira sobre a economia grega.

"Isso vai ajudar também a restaurar o fluxo do crédito e a confiança dos mercados", afirmou Dallara, durante coletiva para apresentação da "carta de políticas" do IIF ao G-20. Segundo Dallara, é preciso priorizar o diálogo e a coordenação entre os países e os setores público e privados. "Apenas o diálogo e a coordenação entre o setor publico e privado podem ser efetivos", disse. Mas, segundo Dallara, tem havido "sérias fragmentações" entre os países.

Três pilares

De acordo com o documento do IIF, a estratégia para a resolução da crise deve se apoiar em três pilares: mirar o problema da crise soberana na zona do euro; evitar a crise de crédito; e fortalecer a coordenação das políticas internacionais. "Um pacote completo para a Grécia vai reduzir a incerteza e facilitar o retorno da confiança e do crescimento econômico", afirma o texto.

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