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Os ministros das Finanças da Europa foram alertados confidencialmente do perigo de um novo colapso no mercado de crédito, com o contágio nos bancos da crise "sistêmica" na dívida soberana da zona do euro, mostraram documentos obtidos pela Reuters nesta quarta-feira.

Em relatório preparado para uma reunião de ministros na Polônia, na sexta-feira e no sábado, autoridades da UE disseram que os 17 países que dividem o euro enfrentam o "risco de um círculo vicioso entre dívida soberana, financiamento bancário e crescimento negativo".

"Enquanto as tensões nos mercados de dívida soberana se intensificavam e os riscos de financiamento dos bancos aumentavam no verão (no Hemisfério Norte), o contágio se espalhou pelos mercados e países e a crise se tornou sistêmica", afirmou o influente Comitê Econômico e Financeiro.

"Um reforço adicional dos recursos dos bancos é recomendável", afirma o documento aos ministros, em discurso semelhante ao do Fundo Monetário Internacional (FMI), que pede uma ação urgente para recapitalizar os bancos europeus.

O relatório salientou o desafio das autoridades europeias de restaurar a confiança. Ao mesmo tempo em que o documento vinha a público, Alemanha, França e Grécia realizavam uma teleconferência crucial nos esforços para evitar uma moratória da Grécia, que poderia causar um choque financeiro global.

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de dois grandes bancos franceses, Société Générale e Crédit Agricole, dizendo que aumentou a preocupação com a liquidez e a capacidade de financiamento das instituições à luz das piores condições de crédito.

A agência de classificação de risco manteve em revisão o maior banco francês, BNP Paribas, afirmando que a base de capital e a lucratividade da instituição dão ao banco um colchão adequado para suportar a exposição a títulos de Grécia, Portugal e Irlanda.

O euro e o principal índice das ações europeias subiram mais cedo com o anúncio do presidente da Comissão Europeia de que apresentará em breve opções para a emissão de um bônus em conjunto da zona do euro, apesar da resistência feroz da Alemanha.

A China se juntou ao coro de preocupação dos Estados Unidos sobre a aparente incapacidade da Europa de barrar o contágio da crise da dívida. Enquanto isso, brasileiros e indianos afirmaram que as principais economias emergentes discutem a possibilidade de aumentar o investimento no euro .

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