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“O conceito de responsabilidade corporativa está passando por uma evolução. Achamos oportuno reunir executivos que tenham casos concretos para mostrar já que não existe um modelo único.”
Cristian Kim, gerente regional da Amcham | Divulgação
“O conceito de responsabilidade corporativa está passando por uma evolução. Achamos oportuno reunir executivos que tenham casos concretos para mostrar já que não existe um modelo único.” Cristian Kim, gerente regional da Amcham| Foto: Divulgação

O papel da ética e da responsabilidade social nas corporações será o tema de um evento que a Câmara Americana de Comércio (Amcham) de Curitiba promove no próximo dia 18. Para discutir o assunto, a entidade convidou 14 profissionais, todos executivos experientes. A ideia dos organizadores é mostrar uma abordagem prática sobre como as companhias podem adotar práticas éticas que, ao mesmo tempo em que melhoram o relacionamento com a sociedade, se refletem em resultados mais robustos para os acionistas.A escolha do tema está ligada à origem da crise econômica, que teve como ingredientes as estratégias de ganhos de curto prazo em grandes bancos e a falta de comprometimento de algumas instituições com a sustentabilidade de seus negócios. "O conceito de responsabilidade corporativa está passando por uma evolução. Achamos oportuno reunir executivos que tenham casos concretos para mostrar já que não existe um modelo único", conta Cristian Kim, gerente regional da Amcham.

Chamado de "Ciclo de Decisões", o evento será aberto por uma palestra do economista Ricardo Amorim, ex-diretor do banco WestLB e hoje consultor independente. Haverá três painéis. O primeiro debaterá o papel dos altos executivos na prática dos compromissos corporativos, seguido de uma discussão sobre a relação dos departamentos financeiros com a responsabilidade social. Por último, será abordado o tema da gestão de pessoas dentro das companhias.

"A crise demonstrou que a governança corporativa, com a adoção de valores éticos e transparência, evoluiu muito no Brasil. No geral, as empresas e o sistema bancário passaram bem por essa fase", diz o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef), Walter Machado de Barros, que vai participar do painel sobre finanças. Ele admite que houve exceções, como os casos da Sadia e da Aracruz, que fizeram apostas arriscadas no mercado de derivativos cambiais, mas avalia que mecanismos recentes, como o Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) funcionaram para proteger as companhias.

O executivo Ruy Shiozawa, executivo chefe do Great Place to Work Institute no Brasil, afirma que a crise serviu para que mais empresas se questionassem sobre as melhores formas de incorporar o longo prazo em seus modelos de negócios. Para Shiozawa, que falará no painel sobre gestão de pessoas, um dos caminhos para que uma companhia preserve seu papel social e apresente resultados consistentes é investindo nas condições de trabalho de seus funcionários.

"É o ponto de partida para ganhar produtividade, atender bem os clientes e dar atenção à comunidade ao redor da empresa", diz. "As empresas estão percebendo o peso que a gestão de pessoas tem na transformação social. E não falo só de salário, mas também de respeito, de ouvir e dar oportunidades profissionais."

Serviço: O Ciclo de Decisões será em 18 de novembro no Estação Em­­bratel Convention Center, em Curitiba. O custo de participação varia de acordo com o perfil do interessado: varia de R$ 240 para sócios a R$ 480 para não-sócios. Mais informações no site www.amcham.com.br/ciclo.

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