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Sandoval, ao chegar à PF: “Estou surpreso por ser processado por algo que não fiz” | Alessandro Shinoda/Folhapress
Sandoval, ao chegar à PF: “Estou surpreso por ser processado por algo que não fiz”| Foto: Alessandro Shinoda/Folhapress

O ex-presidente do grupo Silvio Santos Luiz Sandoval foi indiciado ontem pela Polícia Federal por gestão fraudulenta, prestação de informações não fidedignas a instituições financeiras e formação de quadrilha. Ele prestou depoimento ontem na sede da PF. Se for condenado, o executivo pode pegar de cinco a 20 anos de prisão.

Diferentemente do ex-presidente do PanAmericano Rafael Palladino, Sandoval respondeu às perguntas do delegado da Polícia Federal Milton Fornazari Jr., responsável pelo inquérito. "Só me calo quando minha mulher me interroga", disse o executivo. Segundo seu advogado, Alberto Zacharias Toron, a polícia concluiu que o ex-executivo não estava envolvido diretamente no dia a dia do banco, mas que havia indícios de que ele tinha conhecimento das operações irregulares identificadas na gestão anterior do banco. "Estou surpreso por ser processado por algo que não fiz", disse Sandoval.

Investigações

As investigações finais sobre as fraudes no PanAmericano levaram a Polícia Federal a apontar vários executivos da instituição financeira como os autores dos crimes que provocaram o rombo de R$ 4,3 bi­­lhões no banco. Nesta semana, a PF deverá concluir os indiciamentos dos sete dirigentes.

Anteontem, já foi ouvido o ex-presidente do banco PanAmericano Rafael Palla­­dino. Ele foi indiciado pela PF sob a acusação de ter cometido seis diferentes tipos de crimes financeiros. Além de Palladino e Sando­val, também deve ser ouvido Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno, ex-diretor jurídico.

Na semana passada, foram indiciados Wilson Roberto De Aro, ex-diretor financeiro – apontado co­­mo um dos mentores do es­­quema –, e Adalberto Sa­­vi­olli, ex-diretor de crédito e cobrança. Marcos Augusto Monteiro, responsável pela contabilidade do banco, e Eduardo de Ávila Pinto Coe­lho, ex-diretor de tecnologia, compõem ainda o quadro de acusados da fase final do inquérito. Na lista de acusados também está o mecânico Alexandre Toros, suposto "laranja" de Palla­­dino nas fraudes.

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