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Painel eletrônico apresenta variação do preço das ações do Facebook na Nasdaq | Eric Thayer/Reuters
Painel eletrônico apresenta variação do preço das ações do Facebook na Nasdaq| Foto: Eric Thayer/Reuters

A queda livre do Facebook em Wall Street continuou ontem, em meio a temores de que os investidores pioneiros – que compraram papéis na época do lançamento, em 18 de maio – façam vendas massivas de ações, atitude que criaria um excedente no mercado. Os títulos da empresa caíram mais de 6% no pregão de ontem, atingindo US$ 19,60. O preço é o ponto mais baixo desde a oferta inicial e representa um declínio de quase 50% em relação ao valor original, de US$ 38.

Muito esperado, o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) da empresa foi cercado de maus indícios desde o início, por uma variedade de razões, que incluíram problemas técnicos na bolsa Nasdaq e o crescimento nas vendas. A recuperação deve ser dificultada pela perspectiva de "desova" de 2 bilhões de ações, que estão nas mãos de empregados e dos primeiros investidores.

O início (ainda tímido) desse movimento ocorreu ontem, quando 271 milhões de ações cuja venda estava bloqueada pelas regras de negociação foram "liberadas" para retornar ao mercado. Companhias que abrem capital geralmente adotam regras que obrigam insiders – ou seja, sócios que detêm informação privilegiada – a manter suas opções de ações por um período, de forma a impedir que o mercado seja inundado por papéis adicionais. Os papéis estão nas mãos de investidores antigos, como o fundo Accel Partners e o banco de investimentos Goldman Sachs. As ações não devem desaguar ao mesmo tempo no mercado, o mais provável é que o processo leve algum tempo.

Isso é especialmente doloroso para o Facebook porque o valor da companhia já caiu de forma intensa e inesperada. A maior parcela de ações liberadas para a venda deve chegar ao mercado em novembro.

O fim do prazo acrescenta pressão às dificuldades que a companhia enfrenta. Sua joia da coroa são os dados pessoais que 995 milhões de usuários compartilham sobre si mesmos, incluindo fotos, hábitos e sua rede de amigos. O principal desafio da companhia é descobrir como tirar lucros disso. Até agora, as receitas vêm de propaganda e dos jogos virtuais que as pessoas jogam a partir da plataforma do Facebook. A empresa está sofrendo em ambas as contas, e relatou vendas em queda no seu demonstrativo de resultados apontado no fim de julho.

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