• Carregando...

O fundador da segunda maior operadora de telecomunicações da Itália, a Fastweb, Silvio Scaglia, prestou depoimento hoje em Roma e se disse "absolutamente alheio a qualquer atividade ilícita". Scaglia é acusado por promotores do país de fazer parte de um grupo que teria lavado dinheiro por meio de compras e vendas fictícias de serviços de telefonia internacionais, no valor de mais de 2 bilhões de euros (US$ 2,7 bilhões), entre 2003 e 2006. Essas operações teriam sido conduzidas com o conhecimento de altos executivos, tanto da Fastweb quanto da Sparkle, unidade da Telecom Italia.

Segundo os promotores, as práticas teriam permitido às companhias acumularem até 400 milhões de euros em créditos fiscais. O juiz Aldo Morgigni, que interrogou Scaglia hoje, determinou sua detenção e a de outras 55 pessoas por participação no esquema.

O advogado de Scaglia, Pier Maria Corso, disse que o papel de seu cliente na Fastweb não era o de controlar as operações comerciais individuais. Ele acrescentou que Scaglia acreditava que a estrutura de controle estava funcionando adequadamente. Scaglia atuou como executivo-chefe da Fastweb até 2003 e como presidente até 2007, quando a Swisscom comprou a companhia.

Tanto a Fastweb quanto a Telecom Italia alegam que são partes prejudicadas. No entanto, as companhias podem ser consideradas responsáveis por uma lei italiana que pune empresas que não implementarem medidas para evitar atividades ilegais entre seus funcionários. O tribunal pode apontar uma equipe especial para administrar as companhias interinamente, durante a investigação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]