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As principais montadoras de veículos européias advertiram neste sábado (13) sobre a perspectiva sombria para o setor em 2009, à medida que crescem os sinais de que a profunda crise que abate a indústria automobilística possa ir muito mais além de sua luta de vida ou morte nos Estados Unidos.

Os diretores da Renault-Nissan e da Fiat disseram que o mercado de automóveis pode cair mais no ano que vem, após as quedas acentuadas nas vendas que estimularam as três grandes montadoras dos Estados Unidos a pedirem um pacote de resgate ao governo, que foi rejeitado pelo Senado e levou a Casa Branca à prontidão para eventuais medidas.

A maior fabricante mundial de carros, Toyota, deve divulgar uma perda de cerca de 100 bilhões de ienes (1,11 bilhão de dólares) entre outubro e março, segundo informou a mídia japonesa no sábado (13). As expectativas são de que a companhia corte sua previsão de lucro novamente.

Outra grande produtora de carros na Alemanha, a BMW, que também vende carros Mini e limusines Rolls-Royce, está destinando uma ajuda financeira de pelo menos 100 milhões de euros (132,7 milhões de dólares) a sua rede de concessionárias, segundo o WirtschaftWoche.

O setor automotivo também poderia enfrentar novas pressões se os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduzirem a produção de petróleo acentuadamente, como está previsto, e conseguirem reverter a forte queda dos preços da commodity.

Uma nova escalada dos preços do petróleo vai levar mais dificuldades ao setor automotivo global, que emprega 50 milhões de pessoas direta e indiretamente.

A indústria vem sendo afetada pela combinação dos altos preços de energia e matérias-primas, além da redução da confiança do consumidor diante da crise financeira.

"Eu não vejo uma saída rápida para a crise no setor automotivo", disse Carlos Ghosn, chefe-executivo da Renault e de sua aliada, a Nissan Motor.

Suas declarações foram reproduzidas pelos jornais Le Figaro e La Tribune. "Nós ainda não chegamos ao fundo", acrescentou.

Ghosb afirmou que a crise é sobretudo financeira e que o setor depende muito do crédito. "Se os mercados financeiros continuarem como estão, todos nós acabaremos tendo problemas", afirmou.

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