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A chegada de investimentos de peso em ferrovias abre uma boa perspectiva para empresas paranaenses que fornecem serviços e materiais para o setor, em especial no segmento me­­tal-mecânico. Haverá demanda por obras de engenharia, sistemas de sinalização, locomotivas, vagões e até sistemas de bilhetagem, no caso do metrô.

O mercado também trabalha com a tendência de haver maior nacionalização dos componentes usados nas composições – com compras maiores, as multinacionais do setor têm planos de abrir fábricas no Brasil. "Vários concorrentes, como Siemens, CAF e Bombardier já demonstram que vão ampliar a presença no país. As encomendas começam a compensar a montagem de trens no país", diz Gerson Toller Gomes, especialista no setor.

A empresa curitibana Su­­guiura tem planos de aumentar a presença no segmento ferroviário. Ela tem feito contatos com possíveis clientes que tenham interesse em transferir tecnologia para a fabricação de peças para metrôs e trens de passageiros.

"Hoje cerca de 5% da produção é para o setor ferroviário, grande parte em peças de reposição sob medida. Queremos que o segmento represente até 40% das vendas a partir do ano que vem", diz o gerente comercial Jackson Roberto dos Santos.

Dario Inatio, sócio da Ferway, uma firma especializada na construção de vagões com sede em Curitiba, espera que o mercado continue aquecido com a conclusão das obras previstas para os próximos anos. "São investimentos grandes e que vão puxar a demanda por vagões. Neste ano vamos entregar 400 unidades, 10% a mais do que em 2008, e estamos prontos para encomendas maiores", afirma. A Ferway faz projetos sob medida e não tem oficina própria – ela usa a estrutura dos clientes, onde suas equipes montam os modelos pedidos.

Outra empresa com sede em Curitiba que espera crescimento de pedidos nos próximos anos é a Ferrolease, especializada no aluguel de vagões para outras companhias. "O setor ferroviário vai continuar crescendo acima do PIB pelos próximos anos. Prevemos uma demanda de 4 mil a 5 mil vagões por ano para dar conta da expansão", comenta. Hoje a Ferrolease tem uma frota de 150 vagões espalhados por vários estados do país.

As ferrovias também vão precisar de materiais e serviços leves. A curitibana Dataprom espera vender mais sistemas de bilhetagem eletrônica para metrôs e trens de passageiros. "Também temos uma linha de sinalização de passagens de nível, que deve ter boas vendas com os investimentos em curso", diz o gerente comercial Fernando Soares. Segundo ele, o segmento ferroviário responde por 10% do faturamento da companhia, proporção que deve passar para 20% nos próximos anos. No momento, a empresa negocia uma parceria com uma multinacional e pretende investir para aproveitar a onda de investimentos em metrôs.

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