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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates| Foto: EFE/André Coelho.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a exploração da chamada Margem Equatorial, também apelidada de “novo pré-sal”,  “já ultrapassou, por demais, a seara de um mero licenciamento ambiental”.

A declaração foi dada durante uma mesa de conversa no Seminário Brasil Hoje, organizado pela Esfera Brasil, nesta segunda-feira (22).

A fala de Prates sucede declarações do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva, que exigiam medidas mais rigorosas sobre a Petrobras e propunham um teto para a exploração da Margem Equatorial.

“É uma decisão de estado brasileiro, (que) já ultrapassou, por demais, a seara de um mero licenciamento ambiental, que é um processo complicado e respeitado. Respeitamos a ministra Marina e o Ibama, o tempo todo, jamais desprezando suas condicionantes e atendendo a todas elas, mas não se trata só disso. Todos os cenários indicam que os hidrocarbonetos vão estar presentes na nossa economia pelo menos por 40, 50 anos daqui para frente”, afirmou Prates.

O presidente da estatal continuou alertando para o risco de o Brasil voltar a depender da importação de petróleo em 13 anos, caso não inicie a exploração de novas reservas.

Ao citar um levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Prates disse que o tamanho das reservas brasileiras equivalem a 16 milhões de barris e com o crescimento anual da produção e do consumo, essas reservas estão se esgotando.

“Nós estamos produzindo mais e consumindo mais. Todo ano a Petrobras bate recorde de produção. Imaginando isso, vamos para treze, quatorze anos. Daqui a treze, quatorze anos, precisamos ainda de petróleo. O Estado tem duas opções: ou, agora, vai para novas fronteiras, Margem Equatorial ou Bacia de Pelotas… Você fura para achar esse petróleo e depois fazer o licenciamento das instalações de produção, e em oito anos, a contar de hoje, começa a produzir. Ou, se não, em oito anos a contar de hoje, eu me submeto à situação de gradualmente voltar a importar petróleo da Guiana, do oeste da África”, disse.

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