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O fraco desempenho das exportações e a manutenção do ritmo de retomada das importações derrubaram o saldo comercial em novembro para US$ 615 milhões, o pior resultado desde o déficit de US$ 529 milhões de janeiro, informou o Ministério do Desenvolvimento. O país, que até novembro amarga queda de 26,5% na corrente de comércio exterior, não conseguirá repetir o superávit de US$ 24,96 bilhões de 2008.

"Se o PIB fosse baseado em exportações, era para arrancar os cabelos", disse o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, em Kiev. Ele criticou o governo pela cobrança de imposto sobre exportações. "Principalmente imposto que a gente tem que devolver e não devolve", completou.

O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, prevê um dezembro ruim na balança. "O saldo deve diminuir ainda mais no mês, e talvez o total no ano não alcance 2008", disse. A previsão inicial para as exportações no ano, de cerca US$ 160 bilhões, não deve ser cumprida. Segundo Barral, que prevê cerca de US$ 150 bilhões, parte da dificuldade de recuperação das exportações decorre do lento crescimento de destinos importantes das mercadorias brasileiras, como os EUA. Desde janeiro, a queda nas vendas para o país chega a 43,7%. "E a situação se agrava quando competimos com países de câmbio controlado, como a China", disse Barral.

Silvio Sales, consultor da FGV, ressalta que o crescimento do consumo interno é outro estímulo às importações. E destaca o crescimento de 6,2% nas importações de máquinas e equipamentos em novembro.

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