O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, disse ontem que o bom comportamento das exportações no primeiro semestre deste ano está levando o governo federal a aumentar a sua estimativa para as vendas externas em 2007. Por enquanto, o Ministério do Desenvolvimento estima um crescimento próximo de 11% para as compras do exterior no ano de 2007, para US$ 152 bilhões.
Somente nos seis primeiros meses deste ano, porém, as vendas cresceram 19,9%. Em doze meses até junho, as exportações já estão em US$ 149,9 bilhões. "As exportações estão crescendo acima do previsto. A exportação deixou de ser oportunidade e passou a ser estratégia das empresas. Também está havendo melhoria da produtividade e agregação de valor ao produto exportado", disse Meziat.
O secretário não soube dizer, entretanto, para quanto vai aumentar a projeção de exportações neste ano. "Estamos fazendo a revisão e conversando com todos os setores. A meta [de US$ 152 bilhões] vai mudar. Não sei ainda qual a magnitude do aumento", afirmou.
Entre as mercadorias manufaturadas, os produtos que mais se destacaram nas exportações, nos seis primeiros meses deste ano, foram: álcool etílico, suco de laranja e polímeros plásticos. Entre os semimanufaturados, os destaques de vendas do primeiro semestre foram: ferro fundido, couros e peles e semimanufaturados de ferro e aço.
As importações também vão crescer mais neste segundo semestre, como ocorre em todos os anos, por causa das compras de Natal. Segundo Meziat, as empresas começam a fazer as aquisições para as festas de fim de ano entre julho e outubro.
Embaladas pelo dólar em queda, as importações que mais cresceram de janeiro a junho deste ano, por categoria, foram as de bens de consumo (eletroeletrônicos, alimentos etc.), que avançaram 34,3%. As compras de bens de capital (máquinas e equipamentos) e de matérias-primas subiram 24,3% e 29,4%, respectivamente.
Apesar de terem crescido mais, as aquisições de bens de consumo ainda representam somente 13,3% da pauta de importações brasileira. "O perfil das importações continua virtuoso. Acima de 70% são bens de capital [máquinas para produção] e matérias-primas", avaliou o secretário de Comércio Exterior.
O grande destaque de importações no semestre foram os automóveis, que avançaram mais de 50% no período. Meziat explicou que isso se deve à estratégia das fábricas, que fabricam alguns modelos vendidos no Brasil no exterior principalmente os mais caros. "Além disso, também há o real apreciado, a queda dos juros e o aumento da renda no país."
-
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
-
Julgamento de Moro no TSE pode fixar limites para gastos na pré-campanha
-
Ao demitir Prates, Lula se proclama o dono da Petrobras
-
Governo tentou manter “saidinhas” de presos em troca de não criar novo crime de “fake news”
Com gestão acolhedora das equipes, JBA se consolida entre maiores imobiliárias da capital
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
Governo eleva projeção para o PIB, mas não põe na conta os estragos no Rio Grande do Sul
Movimentação de cargas cai pela metade e derruba arrecadação do Rio Grande do Sul
Deixe sua opinião