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O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, informou nesta quarta-feira (3) que o crescimento das exportações brasileiras em outubro deste ano (+37,1%) foi maior do que a expansão das importações (+35,2%) pela primeira vez desde janeiro, no início do ano. A comparação foi feita com outubro do ano passado.

Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, as vendas externas somaram US$ 18,38 bilhões em outubro, com média diária de US$ 919 milhões por dia útil. Este é o maior valor, pela média diária, não somente deste ano, mas também desde agosto de 2008 - quando as vendas externas totalizaram US$ 19,74 bilhões, ou US$ 940 milhões por dia útil.

De acordo com Barral, o crescimento das exportações, em outubro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2009, se deve, principalmente, ao crescimento do preço de produtos básicos (minério de ferro, celulose, milho, açúcar e farelo de soja, entre outros), cujas vendas externas avançaram 58% - a maior variação de todas categorias.

Ele observou que os preços destes produtos subiram muito contra outubro do ano passado, principalmente pela alta demanda de países asiáticos. O preço do minério de ferro, por exemplo, subiu 202%, enquanto o preço do milho em grão avançou 178%, e o do café subiu 78%. "Está subindo muito de preço os produtos básicos por conta da demanda asiática", afirmou Barral.

Para os próximos meses, porém, ele disse que deve haver uma "pequena queda" das exportações por conta do fim de ano, quando normalmente as vendas externas normalmente recuam. "Deve ter uma acomodação no fim do ano, mas menos do que em 2008", afirmou ele. Na comparação com o final de 2009, porém, as vendas devem continuar avançando, acrescentou.

Para manter as exportações elevadas, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento afirmou que é preciso aumentar a competitividade das vendas externas brasileiras. "Temos a questão da logística, na qual há uma sobrecarga. Há a questão tributária [pagamento de créditos de exportações], que precisa ser resolvida. Para mantermos a exportação, precisamos aumentar a competitividade, inclusive câmbio, mas não exclusivamente", disse ele.

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