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A atividade manufatureira da China ganhou força em setembro depois de esfriar no meio do ano, aliviando temores de desaceleração no crescimento global mesmo que as pesquisas empresariais europeias tenham mostrado sinais de lentidão na retomada industrial.

Dois índices mostraram nesta sexta-feira que as fábricas chinesas tiveram crescimento robusto, ofuscando números europeus que reveleram um desempenho ruim na Espanha e na Irlanda.

A pesquisa Markit sobre a indústria manufatureira da zona do euro sugeriu uma recuperação lenta na Europa, com o índice do setor caindo de 55,1 para 53,7 em setembro, ainda acima da marca de 50 que separa expansão de contração.

"O crescimento está mais concentrado nas duas maiores economias da Alemanha e da França, com as medidas de consolidação fiscal começando a afetar os periféricos", disse Andrew Grantham, do HSBC.

As fábricas irlandesas e espanholas encolheram. Na quinta-feira, a Irlanda revelou um enorme valor para socorrer o setor bancário do país, e a Espanha perdeu a nota de crédito "AAA" em meio a um desemprego de 20 por cento.

Enquanto isso, o setor manufatureiro britânico teve o menor avanço desde novembro, com o volume de exportações caindo pela primeira vez desde julho de 2009. O índice manufatureiro recuou inesperadamente, de 53,7 para 53,4.

O índice oficial das fábricas da China subiu de 51,7 para 53,8 em setembro, bem acima da mediana das previsões de 52. A medida das manufaturas do país feita pelo HSBC mostrou forte alta em setembro, passando de 51,9 para 52,9.

"Os temores de uma desaceleração substancial se mostraram infundados e isso deve acabar com muitas das preocupações sobre o cenário global", disse Rob Henderson, economista-chefe de mercado do National Australia Bank, em Sydney.

Apesar de notícias mostrando, na quinta-feira, que o setor manufatureiro do Japão encolheu pela primeira vez em 15 meses, as fábricas asiáticas têm seguido os sinais de retomada econômica vistos nos Estados Unidos.

A indústria manufatureira da Índia expandiu-se pelo 18o mês consecutivo, mas o crescimento desacelerou à mínima em 10 meses. O setor estava forte mais cedo neste ano, com a desaceleração da atividade chinesa.

Na Austrália, que está entre as poucas economias desenvolvidas que evitou a recessão após a crise financeira global, a moeda nacional valorizada e a demanda doméstica fraca levaram à primeira contração da atividade manufatureira em 2010.

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